A The Graph (GRT) é um protocolo de indexação descentralizado e de código aberto para dados de blockchain. Nela, os desenvolvedores podem construir e publicar várias APIs, chamados de “subgraphs”, que realizam consultas no GraphQl. Mais a frente, será explicado o que é um GraphQL.
Nesse sentido, a plataforma pode ser utilizada para procurar qualquer dado na blockchain Ethereum através de consultas simples. Isso resolve o problema que diversas outras plataformas de indexação de blockchain têm.
Os aplicativos Blockchain lutam para aderir a propriedades como finalidade, reorganização da cadeia e segurança de cumprimento de consultas. A The Graph busca remediar este e outros problemas.
Com isso, através dos “subgraphs”, a The Graph indexa os dados da blockchain que usuários podem acessar através da API GraphQL. De acordo com a equipe, eles vão descentralizar isso completamente no futuro. Mais nós estarão envolvidos, sendo responsáveis pela indexação.
Dessa forma, o interesse na plataforma continua a crescer. A equipe alcançou mais de um bilhão de buscas em junho de 2020, bem na época que as finanças descentralizadas estavam ganhando muita atenção de diversas pessoas ao redor do mundo.
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Como a The Graph funciona?
Para indexar os dados da Ethereum, a Graph utiliza o “Subgraph Manifesto”. Ele se refere a descrição de um subgraph que contém dados sobre contratos inteligentes, eventos blockchain e o processo de mapeamento de dados de eventos antes de serem armazenados no banco de dados.
Nesse sentido, o fluxo de transação de dados, os “subgraph manifests”, e a base de dados, seguem uma certa estrutura. Isso tudo começa com aplicações descentralizadas que adicionam dados na blockchain Ethereum utilizando contratos inteligentes.
Todos estes dados contém uma gravação de todos os eventos e transações até o ponto que atinjam a finalidade. E aí aparece o The Graph Node, que escaneia toda a base de dados da blockchain, coletando novos dados e filtrando buscas relevantes.
Além disso, o GraphSQL é o elo entre os dados da blockchain e o aplicativo para o qual o usuário deseja alimentá-los. Finalmente, após todo o processo, os usuários podem visualizar os resultados da consulta de dentro de seus aplicativos.
Sendo assim, essa é basicamente a forma pelo qual o ciclo de busca de dados e indexação funciona na plataforma. Os usuários podem consultar o Graph Explorer para navegar pelos subgraphs que já existem na plataforma. Cada um desses possui um local para usuários realizarem consultas
The Graph Council
A The Graph planeja descentralizar sua gestão no futuro. Ela será bastante similar a MakerDAO e Compound. Assim que o protocolo estiver pronto para isso, a equipe planeja criar uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO), para permitir que interessados participem das principais decisões do protocolo.
Nesse sentido, como outras DAOs, The Graph Council, que será o órgão regulador dos parâmetros técnicos do protocolo, também será responsável por como a Graph Foundation aloca seus tokens de utilidades nativos, o GRT.
Com isso, suas funções básicas incluem decisões de concessão e alocação de fundos do ecossistema, atualização de protocolo, parâmetros de protocolo, bem como outras decisões emergenciais.
Principais funções da The Graph
O ecossistema geral da plataforma é composto pelos seguintes atores: consumers (consumidores), indexers (indexadores), curator (curadores), delegator (delegadores), fishermen (pescadores) e arbitrator (árbitro). Abaixo serão descritos cada um deles.
Consumers – estes são os usuários que pagam os “indexers” por suas buscas. Eles podem ser serviços web ou qualquer outro software conectado ao The Graph.
Indexers – estes são os nós que mantêm a função de indexação funcionando na plataforma.
Curator – ao usar GRTs, os “curators” identificam, nos subgraphs, a informação valiosa para o índice da plataforma.
Delegator – estes são outros “stakers” que delegam seu GRT para indexers existentes, ganhando uma parte de suas recompensas.
Fishermen – eles verificam se a resposta da rede às consultas está correta.
Arbitrator – eles decidem se o indexer é malicioso ou não.
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The Graph Token (GRT)
O The Graph Token, o $GRT, é o token nativo da plataforma, baseado no padrão ERC-20, da blockchain Ethereum. O token serve como um meio de troca e recompensar para os participantes da comunidade.
Nesse sentido, aqueles que participam da comunidade como indexadores, curadores e delegados, podem receber, em troca de sua participação, o token $GRT como forma de recompensa.
GRT Staking
Para que os usuários adquiram participação nos nós que executam toda a plataforma e vendem seus serviços no “mercado de consulta”, eles devem realizar o stake de seus tokens GRT. Em troca, eles recebem recompensas financeiras.
Nesse sentido, se os indexadores forem mal-intencionados e, por exemplo, alterarem dados intencionalmente, eles serão severamente punidos, tendo seus tokens GRT retirados do processo de staking.
Outras informações
Atualmente, mais de 2300 subgraphs suportam a plataforma The Graph. Recentemente, a The Graph passou a suportar a indexação de dados originários da Ethereum, IPFS e redes PoA. Outras plataformas serão suportadas pela The Graph em um futuro próximo.
Nesse sentido, entre os 2300 subgraphs da plataforma, os desenvolvedores têm usado eles para aplicações, como AAVE, Aragon, Balancer, DAOstack, Uniswap, Synthetix e muitos outros.
Além disso, existe bastante suporte institucional para a rede The Graph. Michael Anderson, da Framework Ventures, disse em uma entrevista que eles “não poderiam estar mais felizes em fornecer suporte a Yaniv e a equipe”.
Por fim, a The Graph planeja, a longo prazo, além de expandir o suporte a outras blockchains, é transferir a propriedade e gestão da plataforma para a comunidade. Isso também é uma resposta à mudança de muitos aplicativos de blockchain para um modelo descentralizado de governança.
Conclusão
Ao olhar para o boom das finanças descentralizadas (DeFi) pelo mundo, é possível ver o quão importante é, para os desenvolvedores, acessar dados de blockchains de forma livre.
Nesse sentido, tornar o processo mais rápido e menos complexo para todo mundo poderia impactar o crescimento de toda a cena, bem como sua confiança, segurança e escalabilidade.
Todos já perceberam a necessidade de criar um ponte de informação entre aplicativos e dados de blockchains. The Graph oferece uma potencial resposta para isso. Com a utilização de contratos inteligentes que dependem de dados do usuário, o The Graph provou ser fácil de usar, econômico e rápido.
Sendo assim, a plataforma já provou que é uma ferramenta promissória, especialmente para aqueles que desejam desenvolver mais casos de uso para a indústria blockchain através do uso de dados.