Entrarão em vigor a partir de 1º de Setembro de 2021 as novas regras para seguro de carro no Brasil. Essas novas regras foram publicadas no Diário Oficial da União no último dia 13 pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e o plano é diversificar e aumentar a oferta de produtos além de facilitar a adesão de novos clientes.
Segundo a FenSeg, no Brasil atualmente algo em torno de 30% dos veículos circulantes possuem algum tipo de cobertura de seguro de carro. Entre os meses de janeiro e junho deste ano o volume acumulado de prêmios chega a aproximadamente R$17,5 bilhões, o que representa uma expansão de 6,8% se comparado ao ano anterior. Com isso percebe-se que o mercado vem se recuperando desde o início da pandemia.
“O ambiente regulatório mais flexível está alinhado às melhores práticas internacionais envolvendo o Seguro Auto. Nesse sentido, o normativo traz benefícios significativos para o consumidor e para o mercado de seguros como um todo. A padronização de produtos deixa de ser a forma clássica de atuação das seguradoras. A Circular estimula a criação de novos produtos, com claro ganho de eficiência. O resultado é o aumento da competitividade e da inovação no segmento”, afirmou Antonio Trindade, presidente da FenSeg.
Entre as principais mudanças previstas, está a possibilidade do segurado contratar o serviço de maneira personalizada. Ou seja, será possivel escolher pagar apenas o serviço para casos de acidentes e não para furtos e roubos, ou o contrário, além de contratar o serviço apenas para uma parte do veículo. Isso pode tornar o preço mais acessível.
Mudanças nas normas para seguro de carro
A possibilidade da contratação de um seguro personalizado como foi citado acima é apenas uma das mudanças previstas nas novas normas, apesar de ser uma mudança muito importante e significativa ela não foi a única.
Outra mudança importante prevista nas normas é a possibilidade de contratar um seguro para carros de Responsabilidade Civil Facultativa sem a necessidade de um vínculo com um veículo específico. Sendo assim, condutores que não possuem veículo próprio terão a possibilidade de contratar um serviço de seguro.
Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), as modificações devem liberar o caminho para um novo cenário de inovações e competitividade no setor de seguros automobilísticos, sendo os consumidores os maiores beneficiados.
“As novas regras abrem caminho para um cenário de inovação e de competitividade, que deve ampliar a base de segurados”, disse a FenSeg, que salientou que ainda é muito cedo para ter certeza sobre qual será o cenário com as novas regras em vigor.
“A mudança ainda é muito recente, vai levar um tempo até que as empresas se estruturem. Você precisa testar a aceitação dos novos produtos, saber se terão viabilidade comercial”, afirmou a FenSeg.
Índice de preços de seguro auto no Brasil
A TEx, uma empresa especializada no mercado segurador, divulgou os resultados do Índice de Preços do Seguro Automóvel. Segundo dados encontrados na pesquisa, o valor do seguro de carro sofreu uma queda de 12,5% nos meses entre janeiro e julho de 2021.
Os números ainda mostram que diversos motivos podem interferir no preço final do seguro auto. Foi assinalado que a contratação é cerca de 20% mais cara para clientes do sexo masculino, isso por que a incidencia de homens em acidentes graves e que temrinam em rerda total do veículo é maior.
Outro fator que interfere no momento de definir o preço dos seguros, são a idade do veículo e a quantidade de KM rodados pelo mesmo. A pesquisa da TEx mostra que os seguros para carros já usados acabam custando praticamente o dobro do que nos casos de um veículo 0 KM.
No entanto, esse não é o único fator levado em conta na hora das seguradoras definirem o preço do seguro de carro. O IPSA notou que os motoristas mais novos, nascidos a partir de 1990, tendem a pagar quase o dobro do que motoristas mais experientes.