Mercado Livre não irá participar da privatização dos correios

Recentemente, a corrida para conquistar os clientes através de melhor logística de entrega tem aquecido o mercado varejista. Empresas como o Mercado Livre, Magazine Luiza, Via, Amazon vem disputando em horas a velocidade de entrega ao cliente. Para isso, investimento de milhões de reais vem sendo realizados.

Nesse sentido, a notícia de privatização dos Correios, caem como luva para diversas dessas empresas. O motivo é que, ao adquirir as unidades operacionais, aumenta a capilaridade de atuação nas diversas regiões do Brasil. Com isso, também diminui a quantidade de tempo necessária para entrega nesses locais.

Contudo, o Mercado Livre não está disposto a entrar na concorrência de compra da estatal. Segundo o vice-presidente de logística da empresa na América Latina, Leandro Bassoi, “não faz sentido participar da privatização dos Correios”.  Em seguida, complementou dizendo que “não temos interesse de adquirir”.

Além disso, segundo Bassoi, o Mercado Livre conseguiu “encontrar ativos logísticos com mais facilidade trabalhando dentro de casa para fora do que fazendo sinergias com uma empresa com tantos anos de história e com seus ativos existentes”.

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Expansão logística

O Mercado Livre é uma das empresas que mais investe em logística na América Latina. Um exemplo disso é que, em maio desse ano, a empresa realizou um investimento bilionário no Brasil. Isso gerou 5 mil vagas de emprego em São Paulo, possibilitando a entrega de encomendas dentro de 24h.

Além disso, a empresa pretende abrir mais centros de distribuição no país, o que deve gerar mais vagas de emprego. Contudo, o plano de expansão não envolve participar da privatização dos Correios. O texto-base do projeto de lei 591/2021 para a privatização da estatal foi aprovado pela Câmara de Deputados.

Com isso, ao longo de 2021, o Mercado Livre deve investir até R$ 10 bilhões de reais no Brasil. Isso significa contratar mais 6000 pessoas, fechando um quadro de 16 mil profissionais. Além disso, cerca de 2.500 vagas indiretas devem ser abertas com a expansão da malha logística da empresa.

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Abertura de centros de distribuição

Recentemente, em julho, o Mercado Livre realizou a abertura de dois centros fulfillment. Estes sãos responsáveis por todo o processo logístico de vendedores que anunciam na plataforma de e-commerce.

Um dos CDDs é localizado em Cajamar (SP), enquanto o outro está localizado em Extrema (MG). Hoje, 30% das entregas da empresa saem deste tipo de CDD.

Além disso, a empresa anunciou a abertura de um novo centro de crossdocking. Localizado em Guarulhos (SP). Contudo, a previsão de inauguração é apenas para outubro.

Um centro de crossdocking realiza a passagem de produtos oriundos de centros fulfillment ou direto dos vendedores. Até o fim do ano, a empresa chegará a 18 centros crossodocking.

Segundo Bassois, vice-presente de logística da empresa, até o final de 2021, a empresa terá oito CDs fulfillment. Além disso, terá também mais de 100 centros de última milha. Nesse sentido, a infraestrutura logística da empresa já supera os 1,2 milhões de m².

Além disso, a empresa conta com uma fruta de veículos extensa. Esta, é composta por 51 carros elétricos, 60 caminhões, 10 mil vans, 4 aviões e 8 carretas.

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