No dia de ontem (13), o Bitcoin bateu um recorde de preço, superando a marca de US$ 63 mil, ou cerca de R$ 360 mil, tendo em vista a abertura de capital da Coinbase, maior plataforma de negociação de criptomoedas dos Estados Unidos na Nasdaq, o segundo maior mercado de ações do mundo, depois da Bolsa de Nova York (NYSE).
Com essa nova marca o BTC superou a Bolsa de Valores Brasileira, onde todas as empresas listadas capitalizam hoje o total de US$ 922 bilhões, enquanto o Bitcoin, após bater os US$ 63 mil, valia US$ 1,19 trilhão.
No entanto, as novidades não param por aí, analistas afirmam que um novo marco pode ser atingido em breve, envolvendo diretamente o maior fundo de Bitcoin versus o maior ETF de ouro do mercado.
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O fundo de Bitcoin: Grayscale Bitcoin Trust (GBTC)
O Grayscale Bitcoin Trust foi estabelecido pela primeira vez em 2013 por Barry Silbert, que é o fundador e CEO do Digital Currency Group (DCG), uma empresa de investimento em Bitcoins e Blockchain.
Para que você possa ter uma noção, a DCG já investiu em muitas empresas populares como a Ripple, Coinbase, Coindesk, Circle, Kraken e Chainalysis.
Além disso, através do GBTC é possível comprar, manter ou vender BTC de maneira semelhante às ações, sem se preocupar com as operações complexas.
Ao longo do ano passado, algumas compras agressivas de Bitcoin e a alta massiva dos preços do BTC ajudaram o GBTC a ganhar um enorme domínio do mercado.
Para Barry Silbert, fundador do Grayscale Bitcoin Trust “O Bitcoin tem o potencial de transformar radicalmente nossos conceitos de dinheiro, reserva de valor e os meios pelos quais os ativos são trocados em todo o mundo.”
Opinião dos analistas
Para diversos analistas do mercado financeiro, a evolução no fluxo de entrada de dinheiro nos dois fundos são opostas, enquanto o GBTC está em franca expansão, o SPDR Gold Shares (GLD) segue em declínio.
O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), o maior fundo de Bitcoin do mundo com cerca de US$ 39 bilhões em ativos sob gestão, já o SPDR Gold Shares (GLD), conta atualmente com US$ 57 bilhões em ativos sob gestão.
Em reais, esses valores são equivalentes a R$ 324,9 bilhões e R$ 224 bilhões, respectivamente.
“Em um mundo que está se tornando digital, acreditamos que o ouro simboliza a diminuição do potencial para avanços sustentados nos preços das commodities, principalmente em relação ao BTC e criptomoedas são um excelente exemplo de como o avanço da inovação suprime tecnologias antigas”, diz Mike McGlone, estrategista-sênior de commodities da Bloomberg Intelligence.
Em suma, caso o GBTC continue com essa ascensão, pode virar o maior Gold ETF GLD do mundo até o final de 2021, ou seja, conquistando um novo marco para toda a comunidade Bitcoin no mundo.