FIIs de shoppings ou ações do setor, é hora de investir?

Sem dúvidas investidor, o setor de shoppings vem se reinventando após os problemas provocados pela pandemia. Com a covid-19 assustando os mercados, os shoppings, em geral, foram bastante impactados. 

As perdas resultadas pela pandemia, trouxeram fortes resultados negativos. Dado que a circulação de pessoas caiu muito. Em março de 2020, na fase mais complicada da pandemia, a Associação Brasileira de shoppings Centers (Abrasce) estimou que todos os 577 estabelecimentos do país foram fechados. O que ocasionou um forte prejuízo para o setor.

Com isso, nesse artigo, caro leitor, iremos falar sobre algumas das mudanças provocadas pela pandemia. A última crise envolvendo os shoppings durante o segundo mandato do governo Dilma. Por fim uma reflexão sobre o atual momento desse segmento. Além disso, fica a reflexão sobre recuperação ocorrida ou não. 

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Novos hábitos de consumo

A pandemia modificou completamente nossos hábitos. Com isso, costumes ligados a higiene e segurança foram implementados em nossa rotina e isso teve um impacto direto nos shoppings que tiveram de se adequar a nova realidade imposta.

Segundo alguns estudos que já estão sendo publicados. Os consumidores em geral estão ficando cada vez mais exigentes com relação aos hábitos de segurança e higiene. Nesse sentido, a preferência está mais voltada para serviços cada vez mais personalizados e menos demorados.

Dessa forma, alguns shoppings já estão incrementando estratégias pensando nesses novos comportamentos. Ou seja, já adotaram medidas com vista para suprir essa demanda. Uma novidade, bastante interessante, é o serviço do Personal Shopper, profissional que busca para o cliente, os serviços e produtos desejados.

Nessa categoria de serviço, por exemplo, o cliente utiliza um aplicativo de mensagens aonde coloca o que necessita para o profissional. Que em seguida vai em busca do serviço ou produto desejado. Assim, a entrega ocorre via drive thru ou até mesmo delivery, dependendo do que seja.

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Crise anterior do setor durante o governo Dilma

Na crise vivenciada durante o segundo mandato de Dilma. O segmento já havia se mostrado bastante resiliente. Enquanto a economia passava por muitas dificuldades e a renda média do Brasileiro caia, os shoppings não vinham sentindo muito.

Dado que mesmo com a mudança no padrão de lazer, a opção mais acessível para um passeio em família, ainda era curtir o fim de semana em um shopping. Além disso, um fator que contribui bastante para esse cenário, é a segurança fornecida pelo ambiente.

O Brasil tem um grave problema relacionado a segurança pública. Nesse sentido, os shoppings conseguem fornecer uma boa sensação de segurança. Por isso, acabam se tornando uma opção de lazer bastante interessante.

Só no período relatado, por exemplo, os shoppings tiveram alta de 4,3% naquele ano (2016), com o faturamento do setor na ordem de R$157,9 bilhões. Entretanto, nesse mesmo período, o varejo nacional caiu 6,4%.

O que deixa bem claro, a resiliência do setor. Embora todo varejo tenha sofrido bastante. Dessa forma, é provável que embora alguns dos nossos hábitos tenham sido modificados, o “Passeio com a família” no fim de semana, continuará sendo uma opção bastante interessante. Segue alguns números abaixo em relação ao período de 2020.

Setor

Perspectivas para o setor no futuro

A expectativa para o futuro dos shoppings em geral, é bastante boa. Dado que há uma forte demanda reprimida graças a pandemia. Com isso, basta observar alguns resultados de administradoras. Por exemplo, a Multiplan.

A administradora de shopping anunciou no primeiro trimestre uma queda na receita de 18,4%, uma redução de 73,95% em seu lucro líquido e um recuo no Ebitida de 61,8%. Embora os números em um primeiro momento pareçam bem fracos, o setor sofreu mais em crises anteriores.

Pode-se dizer que há dinheiro e disponibilidade para consumo e que quando a vida voltar para o que agora será conhecido como novo “normal”, a tendência é que a demanda cresça bastante. Basta observar o que tem ocorrido mundo afora, com as aberturas de shoppings em importantes locais do mundo, como Miami, nos Estados Unidos, que viu grandes filas em sua abertura.

A crise do setor já foi superada?

Ainda não é possível dizer se a crise foi superada. Continuamos com muitas incertezas envolvendo variantes do coronavírus que deve continuar assustando o setor e atrasando aberturas. 

Contudo, o modelo de atuação vem sendo repensado e vale lembrar que somos seres sociáveis. Com isso, é bastante natural que as pessoas voltem a usufruir de shoppings quando o susto com a pandemia passar.

Além disso, os shoppings não são utilizados apenas para consumo no Brasil, seu aspecto importante, de ser aproveitado como um ambiente de lazer, dado nossos índices de segurança, também permite fazermos uma avaliação positiva para o setor no futuro. 

Nesse sentido, embora tenha ocorrido uma abertura maior recentemente em relação ao início da pandemia, ainda não podemos dizer que houve uma recuperação sólida do setor. Os shoppings têm buscado diversificar a captação de receita, o que, para o futuro, será algo bastante relevante.

Contudo, os shoppings dependem bastante ainda da aceleração da vacinação e da abertura total do comércio, espera-se que a expectativa de “demanda reprimida” se cumpra. O que deve enfim trazer receitas acima do esperado, dado que é bem provável que os consumidores façam filas em busca de resgatar o “tempo perdido” e aproveitar finalmente o “novo normal”.

Conclusão 

Cabe ao leitor, investidor analisar as informações aqui apresentadas além de buscar outras fontes para tomar a decisão ou não de investir no segmento. Importante lembrar que as opções são bastante amplas, indo desde  FII’s e/ou ações, como ALSO3, IGTA3 ou XPML11.

Além disso, é importante que o investidor tenha em mente a participação que deseja obter do setor em sua carteira, ideal é sempre diversificar um pouco. Para quem ainda está iniciando, um bom caminho é dar uma lida nesse Artigo

Por fim, lembro que o mais importante é sempre estudar bastante antes de tomar a decisão de investir e colocar ativos em sua carteira. Fazendo isso, o investidor se sentirá muito mais tranquilo com suas “teses” e poderá sem dúvidas, dormir muito mais tranquilo.  

 

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