Brasil tem piora no Ranking ESG; Confira os impactos disso!

Ao decorrer dos anos, mais investidores procuram empresas que, além de estratégias para aumento de ganho, também se preocupam com medidas ambientais e sociais, ou seja, os conceitos relacionados a ESG. Estes aspectos não são valiosos apenas no meio corporativo, mas também influenciam no parecer dos investidores em suas alocações.

Todavia, o Brasil adquiriu colocações críticas em relação ao seu ESG, sigla que em inglês significa “Environmental, Social and Corporate Governance”. Isso se tornou um alto risco ao setor privado. O país aparece em 3° colocado entre os 19 países com a economia mais vulnerável ao analisar os critérios ambientais, sociais e governamentais.

A classificação do Brasil no ranking ESG

Deste modo, o Brasil fica atrás da África do Sul e Filipinas, por exemplo, que assumem o primeiro e segundo lugar respectivamente. A MB Associados é empresa de consultoria responsável pela área de análise macroeconômica, e foi a responsável pela criação dessa lista. Para esta criação considerou-se 3 variáveis distintas.

Para a variável ambiental do ESG, foi utilizado o Ranking da Universidade de Yale (Environmental Performance Index), que realizou um compilado com mais de 40 critérios sobre o meio ambiente. Já para o critério social, utilizou-se o Índice de Gini, que apresenta a concentração de renda de um determinado país. Por fim, foram utilizados dados do Banco Mundial (World Governance Indicator) como critério para indicador de governança.

Vale ressaltar que os indicadores ESG são usados para analisar o equilíbrio dentro de uma empresa, visando ainda mais a satisfação dos seus clientes. Porém, neste caso, a MB decidiu utilizar os mesmos parâmetros para analisar do ponto de vista de um país, tendo como perspectiva os possíveis investidores.

Situação do Brasil no ranking ESG

Segundo Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados: “Neste ponto de vista, o Brasil não vai bem, já que os critérios ESG deveriam sinalizar para quem quer investir aqui se seguimos um compliance positivo para sua população”. Além disso, o economista informa a possibilidade de piorar a posição na classificação da Universidade de Yale, dada a atual gestão do país.

Vale ressaltar a importância de quando um país e seu setor privado caminham juntos. Desta maneira, se consegue suprir os critérios ESG e criar um ambiente agradável para novos investidores e a população do país. Todavia, o país está caminhando sentido contrário às medidas adotadas pelo setor privado. “Com o tempo, não basta ter um bom ESG na empresa, se o país não acompanha o mesmo processo de evolução”, citou Vale.

Posicionamento do Ministério da Economia

Em entrevista, o Ministério da Economia ressaltou a elaboração de políticas públicas e de iniciativas para adotar novos padrões de sustentabilidade no governo e no setor privado. O ministério reforçou em nota que aderiu à declaração sobre o investimento estrangeiro.

Assim como para benefício das multinacionais, aderiu-se às Diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Além disso, a pasta da economia brasileira cita incentivo às emissões de debêntures de infraestrutura verdes.

Em um outro momento, o Ministério acrescenta a elaboração do Pacer, que é o Plano de Ação em Conduta Empresarial Responsável. O Pacer tem como principal objetivo planejar e promover políticas públicas e iniciativas voltadas aos padrões internacionais de qualidade. Desse modo, se alinha aos princípios de CER (Conduta Empresarial Responsável) e os critérios associados ao ESG.

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