Trump declara emergência em Washington após pedido de impeachment

No dia de ontem (11) alguns representantes do Partido Democrata apresentaram formalmente um pedido de impeachment contra o ainda presidente Donald Trump, após acusarem-no de incitar uma insurreição, ou seja, que Trump teria incentivado seus manifestantes a tomarem atitudes contra a ordem nacional.

Esse incentivo, segundo a oposição de Trump, teria provocado a invasão ocorrida no Capitólio na última quarta-feira (6), que acabou inclusive na morte de 5 pessoas no ocorrido.

A argumentação a respeito do pedido de impeachment contra Trump, seria em torno do discurso de Trump, que aliado aos seus apoiadores, teria feito com que os manifestantes aumentassem seus ânimos e se sentissem mais incentivados a invadir o centro legislativo americano.

Após os ocorridos e a entrada formal do pedido de impeachment contra Trump, a Câmara dos Deputados dos EUA tem a possibilidade de votar ainda no dia de hoje (12) uma medida que pudesse declarar seu apoio e pedido para que Trump seja retirado do cargo antes mesmo da posse de Biden no dia 20.

Apresentada pelo democrata Jamie Raskin, esta resolução está sendo colocada em cima do vice-presidente dos EUA Mike Pence. Os democratas, por sua vez, pressionam fortemente para uma atitude favorável de Pence em resposta a esta.

A resolução anteriormente citada reivindica “que use imediatamente seus poderes sob a seção 4 da 25ª Emenda para convocar e mobilizar os principais membros do Gabinete para declarar o que é óbvio para uma nação horrorizada: que o presidente é incapaz de cumprir com sucesso os deveres de seu cargo”.

E também acrescenta que o vice de Trump deve imediatamente assumir “os poderes e deveres do cargo de presidente em exercício”. Em meio a fúria dos democratas com os ocorridos no Capitólio, a ideia é que se tenha uma medida simbólica de advertência a Trump, mais do que propriamente alguma mudança prática, já que Trump irá deixar o cargo no próximo dia 20.

Em meio aos ânimos aflorados contra Trump, este tenta manter o legado “trumpista”, embora o discurso e suas atitudes agora demonstram uma atenuação no comportamento de opor a saída do cargo, prometendo inclusive uma “transição ordeira” e uma busca de um acordo de paz.

Porém, Trump acabou perdendo parte de seu apoio e a motivação do Partido Democrata pelo impeachment não gira em torno de apenas tirar Donald Trump do cargo agora, e sim, dificultar a sua candidatura para 2024, o qual já deixou em aberto de ocorrer.

Veja também: Pacote de estímulo de trilhões de dólares é esperado nos EUA

Nessa dificuldade, o presidente Donald Trump aprovou na data de ontem (11) uma declaração de emergência para Washington, mais especificamente no Distrito de Colúmbia, que vai durar até 24 de janeiro.

A intenção dessa declaração é, segundo a Casa Branca, que Joe Biden possa assumir a presidência em sua posse no dia 20 de uma maneira segura, já que haviam reclamações de que após os acontecimentos no Capitólio, o próximo presidente estaria correndo perigo no dia da posse.

A decisão acabou ocorrendo após o pedido de impeachment contra Trump, que por sua vez, também tenta tomar atitudes mais amenas e voltadas a sua melhor aceitação da tomada de posse de Joe Biden, mostrando uma possível convergência para que esta ocorra de forma pacífica e sem mais problemas.

O fato é que a invasão ao Capitólio dos seus apoiadores custou muito caro para Trump, que agora acabou enfrentando uma série de problemas em sua estabilidade política tanto para o restante de seus dias de mandato em 2021, como também para uma possível corrida presidencial em 2024.

Para isso, reitera não haver participado e nem sequer apoiado alguma atitude de violência ocorrida na semana passada e ao mesmo tempo demonstrar isso com medidas como as de hoje, buscando ter um fôlego extra para se manter até o final do mandato.

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