Metaverso é um dos temas mais buscados do momento, podendo ser também uma grande oportunidade de investimento. O assunto ganhou relevância recentemente com a mudança de nome do Facebook que agora se chama “Meta”.
Nesse sentido, o tema está se popularizando e, embora o Facebook tenha chamado atenção ao trocar de nome, outras companhias já vinham apoiando projetos relacionados ao metaverso.
O metaverso ainda é muito associado aos jogos de videogame de fato, ele nos remete a algo que não tem nada de muito novo, os óculos de realidade virtual e os jogos que permitem imersão, como “Second Life”.
Contudo, a revolução provocada pelos contratos inteligentes e a junção com características únicas e possíveis graças a tecnologia blockchain, tornam o metaverso, de fato, uma tecnologia revolucionária.
O que é o metaverso
O Bitcoin surgiu em 2008 com a grande promessa de revolucionar o mundo financeiro trazendo consigo um ecossistema digital que ganharia força nos mais diversos campos, como, por exemplo, a arte e os videogames.
Propostas como tokens, NFTs, contratos inteligentes e blockchains se tornaram parte do nosso dia a dia e a junção desses tornaram possível uma total transformação do mundo financeiro e de outras áreas como a conhecemos.
Podemos chamar de precursores do conceito jogos que prometiam trazer um universo paralelo onde os jogadores poderiam ter uma “segunda vida”.
Second Life inclusive é um ótimo exemplo disso. É justamente essa integração com os criptoativos que torna possível o conceito de metaverso.
Em outras palavras, a junção desses vários aspectos tornou o metaverso possível e revolucionário. O termo foi utilizado pela primeira vez por Neal Stephenson.
Autor do livro “Snow Crash”, Neal chega a imaginar avatares realistas se encontrando em edifícios 3D e outros ambientes de realidade alternativa.
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Tendência que deve se consolidar
Algumas previsões já têm sido feitas em torno das possibilidades criadas pela tecnologia do metaverso. Uma delas diz respeito às possibilidades de se reunir de forma virtual, como é feito no Microsoft Teams, por exemplo.
Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, prevê que daqui a 2 ou 3 anos a maioria das reuniões virtuais vai acontecer no metaverso, o mundo virtual com avatares, considerada uma das grandes apostas de grandes empresas de tecnologia.
A previsão de Gates foi realizada em post que o mesmo está acostumado a fazer todos os anos em seu site pessoal. Nesse post anual, ele costuma realizar projeções para o futuro e faz um balanço do que ocorreu nos últimos 12 meses.
“Dentro dos próximos dois ou três anos, prevejo que a maioria das reuniões virtuais deixarão de acontecer em imagens de câmeras em um grid 2D para o metaverso, um espaço 3D com avatares digitais”, escreveu Gates.
Além disso, as possibilidades que se abrem com a popularização do metaverso vão desde áreas como arte e educação, até as já bem conhecidas possibilidades no mundo dos games. Com isso, será possível, inclusive, realizar visitas à exposição de obras, uma espécie de museu virtual.
A tecnologia que já movimenta mais de US$ 100 milhões em ‘terrenos’
Como dito anteriormente, o metaverso não é apenas sobre videogames, os mais diversos NFTs estão sendo comercializados, terrenos foram vendidos no mundo virtual, alguns com preços exorbitantes avaliados em valores próximo de R$ 565 milhões
As plataformas do metaverso que foram responsáveis por negociarem esses valores foram: The Sandbox, Decentraland, CryptoVoxels e Somnium Space.
Essas quatro plataformas de jogos, já bastante consolidadas no mundo de criptoativos, foram responsáveis por importantes transações.
Dessa forma, muitos investidores estão apostando no mercado de imóveis digitais. Nesse sentido, o mercado de construtoras digitais vem ganhando adeptos.
Por exemplo, recentemente, a construtora digital Republic Realm anunciou um acordo de US$ 4,3 milhões para comprar “terrenos” no The Sandbox.
The Sandbox é um dos líderes do metaverso
O The SandBox é um dos jogos mais importantes para quem pretende negociar e ganhar dinheiro com terrenos. Já bem estabelecido como um dos principais projetos relacionados ao metaverso.
O jogo permite que os usuários possuam “lotes de terra” no formato digital. De maneira geral, o jogo lembra bastante o já antigo e bem conhecido “Second Life”, sendo, contudo, uma versão bastante desenvolvida.
O motivo é que, no game é possível ter propriedade e liberdade para atuar financeiramente com tokens. Dessa forma, o game é atualmente visto como o mais bem consolidado quando se pensa na proposta de “metaverso” para jogos.
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Grandes instituições estão invadindo o “Metaverso”
Com a recente mudança de nome do Facebook que se tornou “Meta”, um marco para a indústria, sem dúvidas, ajudou a deixar em evidência o conceito que deve revolucionar a forma com que nos relacionamos nos próximos anos.
Nesse sentido, nas últimas semanas empresas tradicionais se posicionaram de forma mais firme sobre a tecnologia em questão. A Nike, por exemplo, começou a representar virtualmente seus tênis vendidos como NFTs.
Em outras palavras eles agora podem ser utilizados em jogos além das experiências possíveis em Nikeland, uma espécie de metaverso desenvolvido pela própria fabricante de roupas, calçados e outros itens.
Até mesmo a fabricante de aviões Boieng anunciou que deve construir modelos de aviões no metaverso. Além disso, fabricantes de jogos e gigantes como Apple e Microsoft estão bastante firmes no tema.
Conclusão
Como vimos, importantes empresas de tecnologia já estão investindo pesado na tecnologia. Para os jogadores mais entusiastas, a experiência em si já é bastante conhecida, dado que a utilização de óculos VR para fins de diversão é comum no universo dos games.
Já a tecnologia de (NFTs) que se tornou possível com as blockchains abriu portas para que o conceito pudesse evoluir, abrindo assim, possibilidades de propriedade e ganhos comerciais.
A grande aposta do mercado, contudo, é que o conceito de metaverso e sua tecnologia tenha potencial de revolucionar os mais diversos campos da sociedade.
Dessa forma, modificando não apenas a forma com que nos relacionamos, mas também tendo impacto na indústria educacional, arte jogos, etc.
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