O agravamento da pandemia, além do problema desabastecimento de peças no Brasil, fez com que sete montadoras de veículos decidissem suspender a produção no país durante alguns dias. Nesse sentido, as empresas, em sua maioria, vão dar férias coletivas aos funcionários de fábrica, enquanto os escritórios funcionarão normalmente no home office.
A Toyota anunciou a suspensão de produção no Brasil para o próximo dia 29, segunda-feira. A iniciativa veio após medidas mais rígidas tomadas na pandemia pelos governos dos municípios e estados.
Com isso, aproximadamente 5.600 não precisarão trabalhar, conforme decisão conjunta da Toyota junto com os sindicatos de trabalhadores das fábricas das cidades de São Bernardo do Campo, Sorocaba, Porto Feliz e Indaiatuba.
Outra montadora que suspendeu as atividades de produção foi a Nissan. A Nissan decidiu interromper a produção na cidade de Resende, localizada no Rio de Janeiro, no período compreendido entre 26 de março e 9 de abril, mas que será retomada (provavelmente) no dia 12 de abril.
No informativo da montadora, a Nissan disse que: “Buscando garantir a segurança de seus funcionários como parte do esforço de reduzir o impacto da pandemia, adaptar a empresa ao cenário atual dos desafios enfrentados pelo setor automotivo e garantir a continuidade do negócio, a Nissan decidiu adotar férias coletivas em seu Complexo Industrial de Resende de 26 de março a 9 de abril”.
A terceira montadora suspensa é a Volkswagen, no qual as atividades produtivas estão suspensas em todas as suas unidades presentes no Brasil, no período compreendido entre os dias 24 de março e 4 de abril. Sobre a decisão, a Volkswagen disse: “A empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares”.
A suspensão das montadoras e o colapso do sistema de saúde
A quarta montadora suspensa é a Mercedes-Benz. Vale salientar que a Mercedes-Benz pretende suspender a produção em 2 fábricas, que estão localizadas nas cidades de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e também Juiz de Fora, em Minas Gerais, no período de 26 de março até 5 de abril.
Já a Renault, que é a quinta montadora dessa lista, a decisão foi tomada no intuito de, segundo a empresa, “contribuir para o isolamento social neste momento em que diferentes cidades adotaram medidas mais restritivas, e em alinhamento com o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba”.
A 6ª empresa que suspendeu a produção de veículos no Brasil foi a Volvo, que por sua vez, não encerrou a produção de maneira geral, mas diminuiu até 70% da produção de caminhões em Curitiba, no dia 23, mas que deve ficar até o fim do mês.
Segundo a Volvo: “O motivo é o alto nível de instabilidade na cadeia, global e local, de abastecimento de peças, principalmente semicondutores, combinado com o agravamento da pandemia“.
A última dessa lista é a Scania, que é uma montadora sueca presente no Brasil, e que deve parar sua produção de veículos na cidade de São Bernardo do Campo no dia 26 de março, mas o retorno tem previsão para o dia 5 de abril.
Além disso, destaca-se que o Sindicato dos Metalúrgicos da região de São Bernardo do Campo informou que a decisão da empresa aconteceu somente após negociações realizadas juntamente com eles. O motivo da suspensão é o agravamento da pandemia e o colapso no sistema de saúde no Brasil, que tem sido visto nos últimos dias.