No mês de julho o número de postos de trabalho formais no comércio do estado de São Paulo registrou um saldo positivo de 23,5 mil vagas. Sendo assim, o número atingido representa um avanço de 0,87% em relação ao mês de junho. O que representa uma retomada sutil, porém significativa, do mercado de trabalho.
Os dados foram levantados pela Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Dessa maneira, o levantamento é feito a partir das informações disponibilizadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Desse modo, o comércio fechou o mês com saldo positivo de postos de trabalho e 2,74 milhões de pessoas empregadas no estado. Desse representativo, o maior crescimento foi no varejo, com 17,2 mil novas vagas. Assim, com o resultado, o setor emprega 1,92 milhão de pessoas. Segundo o Novo Caged, a alta de julho é a maior para o comércio desde novembro de 2020.
Já o setor de serviços criou 45,2 mil novos postos de trabalho nesse mês de julho, um crescimento de 0,69% no mês. Dessa maneira, o setor passou a empregar 6,57 milhões de pessoas. O que representa também um crescimento significativo, que pode garantir emprego a um grande número de pessoas.
Crescimento na capital paulista
Na cidade de São Paulo, com a abertura de 7,7 mil novas vagas no mês de julho, houve crescimento de 0,91% no número de pessoas empregadas no comércio. Sendo assim, o setor passou a empregar 862,6 mil novas pessoas. Já no período de avaliação, o setor de serviços gerou 21,5 mil novos postos de trabalho na cidade. O número representa alta de 0,73%, totalizando 2,95 milhões de vínculos formais de trabalho.
A entidade FecomercioSP fez sua avaliação dos motivos que levaram ao aumento dos postos de trabalho na capital. Segundo a federação, o fim da maior parte das restrições para funcionamento dos setores não essenciais a partir de maio abriu espaços para contratações para suprir a demanda reprimida em diversos setores.
A entidade destaca que esse crescimento do emprego acontece apesar da conjuntura econômica adversa. “Estes setores estão gerando vagas, apesar da alta inflacionária, do endividamento das famílias, dos juros ao consumidor e do desemprego”, ressalta a nota da entidade.
Ademais, ainda sobre as novas vagas, o ramo de alojamento e alimentação abriu 7,5 mil vagas e o de transporte e armazenagem, 6,9 mil. Já o segmento de serviços administrativos criou 10,5 mil novos postos de trabalho, impulsionado pelo teleatendimento, que passou a empregar mais 2,4 mil.
Saldo geral dos postos de trabalho
O Brasil registrou, no mês de julho, um saldo de 316.580 novos trabalhadores contratados com carteira assinada. Nesse contexto, o saldo é o resultado de um total de 1.656.182 admissões e 1.339.602 desligamentos. Os dados são segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho.
No acumulado do ano, o país registra saldo de 1.848.304 postos de trabalho, decorrente de 11.255.025 admissões e de 9.406.721 desligamentos. O estoque nacional de empregos formais, que é a quantidade total de empregos formais ativos, relativo a julho ficou em 41.211.272 vínculos, uma variação de 0,77% em relação a junho.