Salário do brasileiro não está acompanhando o aumento da inflação

Com o aumento da inflação, os trabalhadores estão tendo dificuldades para conseguir chegar ao final do mês com um montante considerável de dinheiro, devido ao salário baixo e preços lá no alto. Isso vem de encontro ao fato de que a dificuldade para negociação de salário no último mês bateu recorde.

De acordo com o Boletim Salariômetro, que é avaliado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, apenas 27,5% das negociações de salário estão resultando em ganhos acima do IPCA – Índice Nacional que mede os preços ao consumidor.

Ademais dos salários baixos, os custos com energia, combustível e alimentação também tem uma forte representatividade no INPC, que estão subindo cada vez mais, como tendência que os preços não desçam tão cedo.

De acordo com as projeções do Itaú e Santander, se vê que o índice pode chegar em 9,9% em agosto, rompendo a barreira de 10% em setembro. A inflação mensal está se mantendo em pelo menos 7% desde março deste ano.

Comparando em termos por setores, o destaque vai apenas para o segmento de comércio atacadista e varejista que conseguiram obter um ganho real de (9,5%), ficando a frente de bancos e serviços financeiros que registraram (9,2%), empatando com a inflação.

Região Sul é a que mais está conseguindo obter ganhos acima da inflação

Quando comparado o desempenho por estado, a região Sul é a que conseguiu obter ganhos acima da inflação. No Rio Grande do Sul com 9,5%, Santa Catarina em 9,4% e o Paraná que permaneceu com 9,2%. São Paulo chama a atenção por ter ficado abaixo do índice, com apenas 8%.

Outro detalhe que é bastante visto entre os trabalhadores, é a possibilidade de um reajuste do salário mínimo mais compatível com o atual custo de vida. Lembrando que para 2022 a previsão é de que o salário mínimo fique em apenas R$ 1.147,00, que está muito atrás do que seria previsto pela DIEESE, que constata que o salário mínimo deveria ser de R $1.100,00.

O Governo Federal informa que o reajuste do salário mínimo é sempre feito de acordo com o INPC, somado com a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores e então se define o salário mínimo vigente.

O aumento do salário mínimo tanto em 2017 como em 2018 não teve ganhos acima da inflação. Um dos produtos que mais consome o mês trabalhado é a cesta básica, que em capitais como Porto Alegre e São Paulo, já custa mais de R$ 600 por pessoa, o que significa que é necessário gastar mais da metade do salário mínimo apenas com alimentação.

Outro detalhe que preocupa bastante e que foi relatado no Índice da Fundação Getúlio Vargas, é que a renda média per capita dos brasileiros em 2020, que pode ser chamado de salário médio também, ficou apenas em R$ 1.065 no primeiro trimestre deste ano, um fator preocupante considerando que o salário mínimo em 2021 é de R$ 1.100,00 e que diversas famílias nem estariam chegando a este valor.

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