Moonbeam, a primeira parachain lançada na Polkadot

Segundo alguns entusiastas da tecnologia blockchain, certamente o futuro da tecnologia estará bastante alinhada ao conceito de “multi-chain”, onde os sistemas blockchain deixarão de funcionar de forma separada, como acontece atualmente.

Nesse sentido, a ideia é que estas blockchain passem a se comunicar e se unir em um multiverso de blockchains de maneira que forneça aos usuários e desenvolvedores a maior quantidade de recursos quanto possível.

A Moonbeam é uma parachain desenvolvida na Polkadot que traz contratos inteligentes e interoperabilidade com a Ethereum para a mesa. Dessa forma, a Moonbeam aumenta as capacidades da rede Ethereum, incluindo recursos como governança on-chain, staking e integração entre blockchains.

Dessa forma, a Moonbeam é um projeto que permite desenvolvedores da Ethereum a utilizar os recursos do ecossistema Polkadot, gerando um ecossistema completamente novo e integrado na indústria criptográfica.

Veja também: Blockademia, uma solução blockchain para emissão de documentos

Como a Moonbeam funciona?

A Moonbeam é uma parachain que opera na rede Polkadot. Ao aproveitar as propriedades exclusivas de velocidade e conexão da Polkadot, os desenvolvedores podem ter recursos completos da EVM (Ethereum Virtual Machine) da Ethereum.

Além disso, a Ethereum fornece uma API que permite maior acesso à Web 3.0, bem como a maior facilidade de uso ao implantar contratos inteligentes Solidity e dApps, que já foram criados na Ethereum, para a Moonbeam.

Com isso, a Moonbeam atua como uma ponte que permite aos desenvolvedores e usuários trabalharem tanto com Ethereum quanto com a Polkadot, duas das blockchains mais populares atualmente. Dessa forma, ela aproveita a infraestrutura robusta e os contratos inteligentes da Ethereum, combinando com as ferramentas disponíveis da Polkadot.

O motivo de utilizar da Moonbeam utilizar Polkadot

Segundo o whitepaper da Moonbeam, a Polkadot se encaixa às necessidades da parachain, podendo se integrar diretamente, bem como realizar troca com outras parachain na rede Polkadot.

Com isso, é possível aproveitar qualquer uma das pontes construídas para conectar blockchains fora do ecossistema Polkadot, na própria Polkadot, uma delas a Ethereum. O modelo de interoperabilidade da Polkadot suporta exclusivamente os objetivos de integração de cadeia cruzada da Moonbeam.

Além dos critérios técnicos mencionados, a equipe de desenvolvimento da Moonbeam se diz impressionada com o ecossistema Polkadot, incluindo indivíduos da Parity, da Web3 Foundation e de outros projetos do ecossistema.

Veja também: Polkadot, o protocolo que levará a blockchain ao próximo nível

Recursos da Moonbeam

Existem diversos protocolos e cadeias que estão trabalhando em conjunto para fornecer um ambiente de blockchain e criptografia mais interconectado. Nesse sentido, blockchains resolvem muitos problemas, mas nenhum desenvolvedor quer que seus benefícios sejam restritos a outra blockchain.

Dessa forma, a Moonbeam ataca este problema de interoperabilidade entre blockchains ao prover um framework para outras blockchains poderem interagir com a Ethereum sem maiores problemas. O protocolo Moonbeam ajuda desenvolvedores a criarem um ecossistema interconectado utilizando os recursos abaixo:

  • DApps sem permissão: a Moonbeam fornece um bom nível de descentralização e resistência a censura. A plataforma também fornece um ecossistema de dApps crescente, criando, assim, uma blockchain pública e desenvolvimento de código aberto.
  • Colaboração com a EVM: a Moonbeam permite que contratos inteligentes baseados em Solidity executados na Ethereum Virtual Machine sejam transferidos para a plataforma, fazendo alterações mínimas.
  • APIs avançadas: a Moonbeam permite desenvolvedores migrarem dApp sem maiores alterações. Isso permite que os usuários da rede Moonbeam executem ferramentas, como Truffle ou MetaMask sem interrupções.
  • Ferramentas compatíveis com substrato: essas ferramentas incluem exploradores de blocos, bibliotecas de desenvolvimento front-end e carteiras que ajudam desenvolvedores e usuários a criar e interagir com seu espaço blockchain.
  • Integração entre cadeias: ao utilizar a rede Polkadot e “tokens bridges”, a Moonbeam permite a movimentação de tokens, visibilidade de estado e passagem de mensagens com Ethereum e outras blockchains.
  • Governança on-chain: a governança que ocorre on-chain permite que os parceiros da Moonbeam evoluam o protocolo básico, conforme as necessidades do desenvolvedor e da comunidade, sem a necessidade de forks.

Além disso, a Moonbeam tem um crescente suporte de desenvolvedores e organizações, como a SushiwSwap, Chainlink, Band Protocolo, Biconomy, DODO, The Grah, Ocean, Razor, Covalente e muitas outras. Todos esses sistemas implementaram a Moonbeam como uma ferramenta para a interoperabilidade.

Token Glimmer (GLMR)

A Moonbeam depende de seu token de utilidade nativo, o Glimmer (GLMR) para sua operação. Nesse sentido, token é essencial para o projeto de parachain, visto que permite o funcionamento dos contratos inteligentes, facilitando a segurança da rede e permitindo o funcionamento dos dApps.

Nesse sentido, a quantidade de tokens fornecidos na Initial Coin Offer foi de 1.600.000 tokens GLMR, a um valor inicial de US$0,25 por GLMR. Inclusive, a empresa utilizou a estratégia de airdrop em setembro do ano passado. 

Segundo a TradingView, no momento de escrita deste artigo, o token está cotado a US$13,50, o que representa uma valorização de 5400% desde o lançamento de token nas principais exchanges. Com isso, o valor captado com o lançamento do token será dividido da seguinte forma:

  • Conselheiros – 6%
  • Fundação – 37%
  • Vendas privadas – 12%
  • Vendas públicas- 17%
  • Time – 15%
  • Vendas por seed – 14%

Moonbeam é pioneira na Polkadot

A Moonbeam iniciou a era de parachains construídas na Polkadot, sendo a primeira parachain completamente operacional a funcionar na blockchain. Ela foi lançada em um processo de três estágios, onde o primeiro começou com uma operação centralizada de blocos.

Em seguida, uma vez que os desenvolvedores confirmaram que tudo estava rodando de forma correta, foram adicionados agrupadores independentes para ajudar a descentralizar a rede. Por fim, a Moonbeam foi totalmente lançada quando a rede atingiu o mínimo de 48 agrupadores, bem como a compatibilidade com a Ethereum e o staking do token.

Além disso, aqueles que contribuíram com o leilão da parachain Moonbeam que ocorreu em novembro, podem reivindicar suas recompensas de token de governança. Inicialmente, os contribuidores podem reivindicar 30% dos tokens GLMR alocados. Os 70% restantes serão alocados de forma incremental nas próximas.

Conclusão

O lançamento da Moonbeam já atrai bastante atenção de desenvolvedores do setor de DeFi e desenvolvedores de dApps que desejam ampliar os recursos do Ethereum. Com isso, é possível aproximar a blockchain Ethereum a diversas outras blockchains.

Nesse sentido, a Moonbeam provavelmente trabalhará em conjunto com outras plataformas, como a Clover, que atuam em uma camada intermediária. Sendo assim, esses novos sistemas trarão recursos aprimorados para expandir o DeFi em blockchains.

Veja também: Dash, uma blockchain de código aberto

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