NFT: Meme da garota em frente a incêndio é vendido por R$ 2,5 milhões

Quem não se lembraria da foto icônica tirada em 2005, onde uma menina de 4 anos sorri como uma casa queimando ao fundo, como se a própria fosse responsável pelo incidente.

De lá para cá, muita coisa mudou, a americana Zoe Roth, mais conhecida como “Disaster Girl”, em tradução “garota desastre”, não é mais uma menina, mas uma mulher de 21 anos, que decidiu transformar o seu próprio meme em NFT (token não fungível).

A obra  “Disaster Girl” foi tirada em 2005 por Dave Roth, pai de Zoe, quando os bombeiros realizaram uma simulação de incêndio a duas quadras da casa da família, em Mebane, na Carolina do Norte.

Em 29 de novembro de 2007, Dave optou por submeter a imagem ao concurso “Captura de Emoção” da revista JPG, sendo escolhida para publicação na edição de fevereiro/março de 2008.

Ao final daquele ano, a foto teve mais de 95 mil visualizações. Empresas como Buzzfeed, postaram o meme em suas páginas e viralizou.  Desde então, os internautas usam o Photoshop para sobrepor o rosto de Zoe, inserindo em ilustrações de grandes catástrofes, como a detonação da bomba atômica ou o naufrágio do Titanic.

O lance de “Disaster Girl”

De acordo com Roth, a mesma decidiu pela venda após receber um e-mail em fevereiro deste ano, que dizia que a fotografia teria um valor significativo no mercado.

Ruth esperava ganhar cerca de 100 Ether com a venda de seu meme, no entanto, o usuário chamado 3FMusic, desembolsou cerca de 180 ether, criptomoeda da rede Ethereum, o valor em dólar foi equivalente a US $473 mil e em reais o montante atinge R$ 2,5 milhões. 

Veja também: O que é Ethereum (ETH)? Para que serve?

Apesar da venda de seu meme, Ruth não perdeu seus direitos, tendo em vista que o NFT foi programado para proteger seus direitos autorais, dessa forma,  sempre que o NFT for comprado no futuro, Roth e seu pai receberão 10% da venda.

“Ninguém que se tornou meme tentou ser, apenas deu. Sorte? Destino? Não tenho ideia, mas aceito”, disse Roth em entrevista. 

Ruth afirma que dividirá o dinheiro com sua família, e que dará a sua parte para organizações sem fins lucrativos.

A onda do NFT

Negociados desde 2017, o NFT vêm ganhando cada vez mais popularidade em 2021.

O NFT podem ser entendidos como quaisquer objetos virtuais, sejam imagens, fotos, vídeos ou fragmentos musicais, que possuam identidade, autenticidade e rastreabilidade teoricamente invioláveis, graças à tecnologia Blockchain Ethereum, usada em criptomoedas como o Bitcoin. 

Desse modo, o registro NFT transforma basicamente qualquer coisa do universo digital, em um ativo único,  com uma assinatura digital exclusiva e com autenticidade segura por uma rede Blockchain imutável.

O NFT vêm ganhando cada vez mais popularidade, especialmente com as artes digitais. Resumindo, o NFT é um tipo de certificado digital que garante a propriedade de um determinado objeto virtual, que pode ser qualquer coisa, desde um meme até uma imagem. 

São projetados para dar algo que não pode ser copiado, uma propriedade. É certo que qualquer um pode comprar uma gravura de Monet, mas apenas uma pessoa pode possuir o original.

Em março, um artista chamado Beeple fez história com seu trabalho “Everyday: The First 5,000 Days”, que foi leiloado na tradicional casa de leilões Christie’s, por US $69,3 milhões. Se tornando o artista vivo com a terceira obra mais cara no mundo, por conta do NFT

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