A crise hídrica no Brasil ocasionada pelo aumento do consumo de água no país em diversos setores, afeta a tarifa da conta de luz. O valor aumenta, ao passo de que no momento a energia elétrica é a segunda maior fonte de energia consumida no país, ficando atrás apenas do petróleo.
O Brasil é um dos países com a maior quantidade per capita de água doce no planeta. Desta forma, as hidrelétricas são as principais fontes responsáveis pela geração de energia no país. Entretanto, a água não é distribuída igualmente por todo o território nacional. Além da má distribuição, a seca e diversos outros fatores influenciam no racionamento de água no país.
Energia elétrica no Brasil
O consumo de energia elétrica está diretamente associado ao desenvolvimento social de uma população. Ademais, a utilização da energia elétrica vem se modificando ao longo dos anos. Essas modificações se devem à implementação de tecnologias e novos equipamentos no dia a dia dos lares brasileiros.
Com o início da pandemia de COVID-19, o desemprego no Brasil atingiu o maior índice da história. Desta forma, o contexto de desigualdade social no país cresce a cada dia. Ao decorrer de 2020, o governo adotou medidas com o intuito de assistir as empresas e consumidores. Essas medidas visavam evitar reajustes imediatos na conta de energia, contudo, durou poucos meses.
Em contrapartida, nos últimos dias, o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou um possível reajuste de 20% na bandeira vermelha 2. Além disso, estima-se uma alta de 5% nas contas de energia em 2022.
Como as bandeiras tarifárias afetam a conta de luz
A partir de 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, aderiu ao Sistema de Bandeiras Tarifárias. Esse sistema possui três modalidades: verde, amarela e vermelha. Cada bandeira identifica se haverá ou não acréscimo na tarifa de energia.
Essas divergências podem ocorrer devido às diferentes condições de geração de eletricidade. Atualmente, o Brasil produz energia elétrica através de seis modos diferentes. Essas fontes de energia podem ser: hidrelétrica, térmica a biomassa, térmica a gás natural, térmica a carvão mineral, solar fotovoltaica e eólica.
Entenda como funciona cada bandeira tarifária:
- Bandeira verde: Essa modalidade indica condições favoráveis de geração de energia. Desta forma, a conta de energia não sofre acréscimo algum;
- Bandeira amarela: Apresenta condições de geração menos favoráveis do que a modalidade anterior. Sendo assim, a tarifa sofre um acréscimo de R$ 0,01343 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido;
- Bandeira vermelha – Patamar 1: Essa categoria indica condições mais custosas de geração de energia. Desta forma, a tarifa sofre um acréscimo de R$ 0,04169 por quilowatt-hora kWh consumido.
- Bandeira vermelha – Patamar 2: Por fim, essa modalidade indica condições ainda mais custosas de geração de energia no país. A tarifa sofre, portanto, um acréscimo de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Ademais, em breve deve ocorrer um reajuste maior do que o previsto nesta bandeira, ocasionando um aumento na conta de luz. Cada fonte de energia requer custos diferentes de manutenção e transporte. Desta forma, a tarifa na conta de luz podem aumentar ou diminuir conforme a fonte de energia utilizada.