Banco Central confirma PIX, sistema de pagamentos instantâneos, para novembro

Informação de: Globo

O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (12/ago) que aprovou o regulamento e instituiu o Pix, novo programa de pagamentos instantâneos que vai começar a funcionar no dia 16 de novembro.

O Pix vai ser uma nova modalidade de transferências e pagamentos que promete ser mais barata e mais rápida do que as que estão disponíveis atualmente no mercado, como os tradicionais TED e DOC. 

Pelo lado das transferências, por exemplo, a promessa é que elas aconteçam em no máximo dez segundos, e na média em dois segundos, 24 horas por dia e sete dias por semana. Ao contrário do TED e DOC, que só podem ser feitos em dias úteis e em horário bancário.

O novo sistema de pagamentos instantâneos também deve afetar o comércio, diminuindo custos de transações e intermediários. Por exemplo, em uma compra pela internet, o vendedor vai receber o aviso de que o pagamento foi efetuado imediatamente e isso pode acelerar todo o processo de processamento e entrega.

A aprovação do regulamento é um dos últimos passos necessários para colocar o Pix em funcionamento. A partir do dia 5 de outubro, os interessados em utilizar o Pix deverão cadastrar a chamada “Chave Pix”, que será um meio de identificar quem é o pagador e o recebedor. Essa chave poderá ser um número de celular, CPF, CNPJ ou e-mail. A previsão é que o Pix entre em operação no dia 16 de novembro.

A promessa do Banco Central é que o Pix também seja mais barato do que outras opções de transferências, como o TED e o DOC. As instituições financeiras vão pagar 1 centavo a cada 10 transações dentro do programa. Ainda não se sabe se essas instituições vão repassar esse custo para os clientes.

Como vai funcionar o PIX?

A função do Pix deve aparecer como uma opção dentro do aplicativo do banco ou instituição financeira de cada cliente. Será mais uma opção de transferência ao lado do DOC e do TED. Essa transferência poderá ser feita tanto com a inserção dos dados do recebedor, como pelo código QR e até por um link de pagamento.

No caso do comércio físico, o Pix pode acelerar o processo de pagamento e melhorar o fluxo de caixa. Em vendas via cartão de débito, as lojas recebem o recurso na média dois dias após o pagamento. No caso do crédito, os recursos chegam até 28 dias depois. Com o Pix, o pagamento será instantâneo.

Para usar o Pix, os pagadores poderão iniciar a operação por pelo menos três formas diferentes:

  • Utilização de chaves ou apelidos para a identificação da conta transacional, como o número do telefone celular, o CPF, o CNPJ; endereço de e-mail; ou EVP (número aleatório gerado pelo sistema, para quem não quiser dar um dos dados acima);
  • QR Code (estático, usado em múltiplas operações; ou dinâmico, utilizado em apenas uma).

Em 2021, também será possível realizar operações com QR Code próprio e tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a NFC. Em 2022, está na agenda do BC oferecer requisição de pagamento e débito automático. Por fim, em 2023, os pagamentos poderão ser feitos também com a apresentação de documento.

Todas as opções serão oferecidas pelos canais das instituições financeiras cadastradas no Pix. A instituição pode escolher oferecer a funcionalidade no internet banking, agências, apps no celular e até em lotéricas.

O Pix dispensa o uso de cartões de débito, folhas de cheque, cédulas e maquininhas. A plataforma, contudo, não substituirá cartões de crédito, cuja operação não será modificada ou incluída na plataforma.

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