Pela terceira vez consecutiva, o indicador do PIB (Produto Interno Bruto) é favorável, com os resultados que divulgaram que o Brasil registrou uma alta de 1,2% nos setores da economia no primeiro trimestre do mês. O resultado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para comparação, no primeiro trimestre de 2020 e que também marcou o início da pandemia, o PIB havia caído 2,2% e no segundo trimestre do ano passado o resultado foi ainda mais espantoso: 9,2% de queda.
Com este resultado o Brasil volta ao patamar registrado no quarto trimestre de 2019, período este pré-pandemia, com 3,1% em todos os índices econômicos. Obviamente que o resultado atual de alta mesmo ainda em uma pandemia e com parte da economia em sérias dificuldades, se mostra animador para os brasileiros.
Resultado praticamente ignora a segunda onda da pandemia
Mesmo com a segunda onda da pandemia, o PIB pode crescer no primeiro trimestre porque não houve tantas medidas restritivas como aconteceu no primeiro trimestre de 2020, onde diversas regiões do país decretaram lockdown.
Lembrando que o PIB é a soma atual de todos os bens e serviços que são produzidos no Brasil, que no Brasil chega a soma de R$ 2,04 trilhões, colocando o nosso país entre os 10 mais ricos do mundo, à frente do Canadá, por exemplo. Os dados do PIB também são revisados pelo Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.
Alta do PIB teve reflexo direto da agropecuária, indústria e serviços
A expansão da economia brasileira se deve em grande medida pelos resultados apresentados no agronegócio, totalizando 5,7% do último resultado do PIB. Em seguida, aparece a indústria com 0,7% e com 0,4% o setor de serviços, dados repassados pelo IBGE.
Além disso, o desempenho de alguns produtos na agropecuária, como soja, foram decisivos para uma melhora da lavoura brasileira neste primeiro trimestre do ano em relação ao ano anterior. Já no setor industrial, o avanço veio das indústrias extrativas e com um bom crescimento também da construção. Na área de serviços, parece que a TI veio realmente para ficar.
O ponto negativo ficou para a saúde e educação pública, que registraram uma queda de -0,6%. Como não está havendo muitos concursos públicos para o preenchimento de vagas, isso também afeta diretamente a contribuição para a atividade.
Consumo da família em níveis estáveis
O consumo das famílias se manteve estável neste primeiro trimestre do ano, ao contrário do consumo do Governo que registrou uma queda de 0,8%. O que mais pesou nesse primeiro trimestre para os brasileiros, em geral, foi a inflação, que se mantém alta mesmo com a elevação da taxa de juros e com um dólar voltando para R$ 5.
Em suma, a balança comercial brasileira registrou um avanço positivo de 3,7% nas exportações de bens e serviços, sendo que as importações cresceram mais de 11%. Outro detalhe que contribui positivamente para a subida do PIB, foi a diminuição de pagamentos dos programas de assistência social.