Seguindo com sua estratégia de aquisições, a Magalu anunciou nesta última segunda-feira (26) a compra da plataforma de logística Sode.
A empresa oferece, como diferencial, a realização de entregas em até 1 hora. O valor da transação não foi informado. A Sode, fundada em Recife, está presente em oito estados e possui mais de mil entregadores disponíveis. Estes realizam cerca de 2 milhões de entregas por ano.
Embora a aquisição só tenha acontecido agora, a Sode já era parceira da Magazine Luiza em 30 cidades. Com a aquisição, a empresa irá acelerar a expansão da entrega ultrarrápida para grande parte de suas lojas. Nas lojas onde a Sode atua, a modalidade de entrega ultrarrápida já represente de 70% a 80% das vendas.
Nesse sentido, é a segunda grande aquisição da empresa em menos de duas semanas. Recentemente, a Magazine Luiza anunciou a compra do KaBum! por R$ 1 bilhão e mais 75 milhões de ações ordinárias. As recentes compras da empresa possuem como objetivo a expansão do seu varejo digitalizado.
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Disputa pela entrega mais rápida (Sode)
Não só os produtos vendidos pela Magazine Luiza terão o benefício de entregas em até uma hora. A empresa anunciou também que, a Sode irá realizar este tipo de entrega para os sellers do marketplace da Magalu. A empresa também deverá atuar na categoria de refeições e supermercado.
Com isso, a Magazine Luiza da mais um passo para acelerar suas entregas. Em 2018, a empresa já havia adquirido a Logbee e, em 2020, a transportadora GFL. Contudo, a aquisição da Sode ocorre em um momento em que a empresa disputa com o Mercado Livre o título de quem possui a entrega mais rápido do Brasil.
Nesse sentido, a briga chegou ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) no mês passado. A Magazine Luiza venceu a disputa, mas o Mercado Livre irá recorrer da decisão.
Contudo, não só as duas empresas estão acelerando a velocidade de suas entregas. As Lojas Americanas, hoje, já fazem 44% das entregas em até 24h, 14% dos pedidos são entregues em até 3h. Além disso, a Via, dona das Casas Bahia e Ponto, já faz 42% das entregas em 24 horas e 65% em dois dias.
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Privatização dos Correios
As empresas varejistas têm visto com bons olhos a privatização dos Correios. Toda a capilaridade da estatal e recursos disponíveis são capazes de acelerar entregas em mais locais do território nacional. E os dados não mentem, hoje a empresa atende cerca de 5 mil municípios.
Contudo, há uma certa preocupação em realizar a privatização dos Correios o mais rápido possível. Embora empresas como Magazine Luiza e Amazon já tenham demonstrado interesse, outras, como o Mercado Livre, já desistiram.
A verdade é que a estatal vem perdendo participação no mercado e há cada vez menos dependência dos seus serviços.
Nesse sentido, se não houver imprevistos, a privatização deve ocorrer em março de 2022. A expectativa é que a estatal seja vendida o mais rápido possível, para não perder mais valor de mercado.
Sendo assim, os responsáveis pela privatização dos Correios já reconhecem que tempo é algo importante para que a empresa continue atrativa para ser comprada.
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