Empresa americana quer criar parque solar para mineração de Bitcoin

No estado americano de Montana a mineração de metais já faz parte da cultura local. No entanto, nos últimos tempos uma outra mineração vem ganhando espaço e ganhando os olhos dos investidores e das empresas locais, a mineração de Bitcoin.

A empresa Madison River Equity LLC recentemente abriu um pedido que visa a construção de um parque solar. A construção do parque viabilizaria a mineração de criptomoedas no estado, a energia solar geraria energia limpa para o estado, um ponto que os mineradores de Bitcoin vêm valorizando cada vez mais com o passar do tempo.

A Madison River é uma empresa secundária da FX Solution, empresa que comanda a mineradora de Bitcoins Atlas Power. Se a empresa conseguir todas as permissões necessárias para começar a operar, a Atlas pretende utilizar a energia do parque solar para minerar a criptomoeda e vender o que sobrar da energia.

Apesar do projeto parecer estar de acordo com os objetivos sustentáveis de grande parte da comunidade de criptomoedas, alguns membros da comunidade local ainda se preocupam com qual será o uso da energia produzida pelo parque solar. O principal questionamento sobre o parque é se a energia excedente produzida beneficiará a região ou será vendida para outros lugares.

Além disso, alguns dos moradores se preocupam com os prejuízos ambientais e turísticos que a construção poderá trazer para a região. Levando em conta que a área é uma região montanhosa e rica em vida selvagem o que atrai muitos turistas para apreciar os atrativos naturais.

Projeto Basin Creek Solar

O projeto Basin Creek Solar pretende criar o 4º maior parque de produção de energia solar dos Estados Unidos, o tamanho do parque equivale a 900 estádios de futebol, e o investimento total que será realizado para colocar o projeto em prática é de US$250 milhões, o equivalente a R$1,3 bilhões.

Se a conclusão do projeto ocorrer com sucesso a previsão é de que o parque gere cerca de 300 MW/ano. Esse valor seria suficiente para gerar energia para cerca de 40.600 residências familiares. Existem cerca de 14.605 casas nessa região, ou seja, a energia gerada seria suficiente para abastecer todas as casas e ainda sobrar.

De toda a energia gerada pelo parque, a previsão é de que 25% dela seja utilizada para a mineração de criptomoedas. O resto do excedente de energia poderia ser utilizado para abastecer outros consumidores da região, sejam empresas ou casas familiares. Caso isso se concretize, a região terá um incentivo para se transformar em um centro de energia renovável.

Como o projeto não se encontra em uma zona industrial, o parque necessita de uma licença especial para o uso do espaço, esse ponto ainda está em discussão. Caso a licença especial seja aprovada a construção do projeto tem um prazo de 13 meses, começando a partir de agosto deste ano.

Mineração de Bitcoin

A mineração de Bitcoins consiste, de forma simplista, em uma resolução de problemas matemáticos. É como se existisse uma rede de pessoas e computadores empenhados em resolver algoritmos matemáticos. O primeiro a encontrar o resultado do problema recebe uma premiação, no caso uma quantia em Bitcoin.

Pela realização do trabalho, o minerador recebe uma recompensa em Bitcoin. Atualmente a recompensa média de um minerador da criptomoeda é de 6,25 Bitcoins, somado às taxas de operações da rede.

“A mineração de Bitcoin funciona através de um protocolo SHA-256 de tipo ‘proof-of-work’ (prova de trabalho). Como a solução desse problema é totalmente aleatória, os mineradores basicamente fazem trilhões e trilhões de tentativas e erros para conseguir minerar e validar os blocos”, afirma Bernardo Teixeira, CEO da BitcoinTrade.

A mineração de criptomoedas é responsável por manter funcionando toda a blockchain. A blockchain é a rede de blocos que permite o rastreio, envio e o recebimento de certos tipos de informações pela internet. Toda essa rede é mantida pela mineração de criptomoedas, e até hoje ela permanece inviolável e carrega todo o histórico de transações com o Bitcoin.

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