Abril nem sempre é um bom mês historicamente para o Governo Federal. A dificuldade de colocar as contas públicas em dia, seja por falta de recursos ou não, vem acontecendo ao longo das últimas décadas. Bolsonaro em meio a uma turbulenta pandemia tem um resultado expressivo para divulgar: Um superávit de R$ 24 bilhões apenas no último mês.
Caso se tome um balanço das contas em todo o último ano, 2020 registrou um superávit total de R$ 94 bilhões. Os números do superávit de abril foram divulgados nesta segunda-feira (31), pelo Banco Central. Lembrando que os resultados do setor público incluem as contas do Governo Federal, regional e também das estatais (Ex: Petrobras).
Superávit dos primeiros quatro meses também é muito positivo
O primeiro quadrimestre do ano acumula alta de R$ 75,841 bilhões, o que equivale a 2.88% do PIB do Brasil, que faz uma soma de todas as riquezas do país. No mesmo período do ano anterior, os resultados indicavam um déficit de R$ 82,583 bilhões. O indicativo de PIB com os resultados em 2020, deve ser lançado ainda neste primeiro semestre.
Se por um lado o Governo Central (soma de Governo Federal, Banco Central e Previdência), tiveram um somatório positivo de R$ 16,256 bilhões no mês de abril, às empresas estatais, tiveram uma soma menor, ainda que positiva: R$ 1,19 milhão. A conta de juros teve um somatório de R$ 113,442 bilhões nestes 4 meses.
Resultado positivo fez com que a dívida bruta caísse
Depois do recorde que foi batido em fevereiro (90%), a Dívida Bruta Geral do Governo recuou novamente em abril para o patamar de 86.7%. Em valores nominais, o montante da dívida bruta chegou a valores bem altos, na casa dos 6 trilhões de reais, porém se mantendo em um patamar positivo mesmo em uma época de pandemia.
O Ministro da Economia Paulo Guedes está fazendo muitos esforços para trazer investimentos ao país e para maior arrecadação. Um desses detalhes, é a entrevista que deu revelando otimismo com o câmbio “Em até 2 ou 3 anos, podemos baixar para R$ 3 o preço do dólar”.
Se Reformas forem aprovadas, o superávit do Governo pode ser ainda maior
Se o Brasil conseguir implementar as próximas Reformas, como a Administrativa e uma Reforma Tributária, a confiança dos investidores, principalmente dos internacionais, pode subir. As novas políticas fiscais poderiam ser a cereja no bolo para um crescimento econômico pensando a longo prazo.
Além disso, o país pode estender os gastos essenciais por conta da pandemia de COVID-19, que continua se alastrando e com várias cepas. Dentre outras medidas, a permanência da desoneração da folha de pagamento e da suspensão de vários impostos estaduais.
Em suma, outro detalhe que será decisivo para continuar ou não esse período positivo na arrecadação, é diminuir a taxa de desemprego, atualmente em 14%. Entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, o Brasil apenas está na frente de Espanha e da Argentina, este último acometido por uma grave inflação monetária.