Uma matéria divulgada no Portal do Bitcoin coloca em pauta que em alguns países onde sua respectiva moeda fiduciária não tem muito valor, o Bitcoin acaba ganhando mais espaço. Por conta dessa diferença de valor entre o Bitcoin e algumas dessas moedas, a criptomoeda tem feito algumas pessoas se tornarem milionárias em certos países.
Além disso, reitera-se que em alguns países, 1 Bitcoin já é equivalente a 1 milhão de unidades da moeda fiduciária que eles utilizam. A lista acaba sendo relativamente grande e já conta com 66 países. Alguns exemplos são: Indonésia, Venezuela, Vietnã, Colômbia, México, Líbano, Chile, Coréia do Sul, Nigéria, Costa Rica, Japão, Argentina, Rússia e Ucrânia.
Uma tabela comparativa no site do BitPay mostra essa diferença do Bitcoin com outras moedas de maneira mais simples e direta, acompanhe alguns exemplos. Dá uma olhada na tabela comparativa do BitPay e em alguns exemplos dessa comparação.
Obviamente que esses valores em cada país não estão diretamente relacionados com um poder de compra incrível da população. Quanto mais desvalorizada a moeda do país, mais dinheiro é necessário para que as pessoas possam comprar os mesmos produtos em países diferentes.
Isso quer dizer que um Bitcoin custar 5 unidades de moeda fiduciária de um país X e 5 milhões de unidades de um país Y, não significa que um produto pode ser comprado milhões de vezes mais em um do que em outro com o mesmo Bitcoin. Isso é muito variável, e depende de diversos fatores.
De qualquer modo, em países em que a moeda atingiu uma desvalorização muito grande e seu poder de compra em meio a inflação sai do controle, o Bitcoin pode ser uma alternativa viável para tentar solucionar o problema ou até um mecanismo de refúgio para muitas pessoas.
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Não é à toa que na Venezuela muitas pessoas acabam abandonando a moeda local, que se corrói em meio a crise financeira e política que vive o país. No Líbano, por exemplo, quando a desvalorização da moeda ocorre em meio a um descontrole fiscal, o valor das coisas perde o sentido na moeda local, o que torna possível o uso do Bitcoin nesses momentos.
Importante dizer que quando os índices inflacionários eram um pouco mais previsíveis em relação às moedas como dólar e euro, as pessoas conseguiam ter um planejamento mais facilitado em relação ao longo prazo.
Com a pandemia da Covid-19 e a crise causada por ela, muita coisa mudou e os bancos centrais tomaram medidas extremas de emissão de moeda em massa, além de práticas quantitativamente poucas vezes vistas na história desses países. As taxas de juros se reduziram em níveis históricos, inclusive no Brasil, por exemplo, que chegou ao mínimo de 2% ao ano na Selic.
Desse modo, buscou-se outros tipos de ativo que fossem pudessem proteger o patrimônio da inflação, que é exatamente a utilidade do Bitcoin. Com isso, o preço do criptoativo disparou frente às moedas fiduciárias dos países, ao passo que essas desvalorizam. O real brasileiro, por exemplo, foi uma das moedas que tiveram a pior performance ao longo de 2020.
Quem tem 1 Bitcoin no Brasil, tem um ativo que corresponde a aproximadamente R$315 mil, conforme a cotação do dia de hoje (22). Desse modo, embora o Brasil ainda não entrou nessa lista de 66 países em que 1 Bitcoin vale 1 milhão da moeda local, para o futuro isso é uma possibilidade bastante discutida e que pode realmente acontecer. A lista completa, no comparativo de 1 Bitcoin com outras moedas fiduciárias pode ser vista no site do BitPay.