As ações da Tesla tiveram uma queda de mais de 20% nesta terça-feira. Elas despencaram após uma frustração do mercado quanto a expectativa da introdução da empresa dentro do S&P 500, que é o principal índice do mercado de ações norte-americano.
A inclusão não foi efetuada porque existem fatores da empresa que ainda precisam de desenvolvimento, como tempo de negociação de ações, mas principalmente a falta de viabilidade econômica para o desenvolvimento dos projetos.
Ações da Tesla
O que para alguns é de certa forma questionável, já que a mesma obtém grandes entradas de capital através de créditos de carbono, produzindo a maior quantidade de carros elétricos do mundo.
Sendo assim, embora se esperasse um prejuízo da marca pertencente a Elon Musk, o que se viu no até o final do segundo trimestre de 2020 foi um lucro superior a 100 milhões de dólares. Em contrapartida, a GM e Nikola anunciaram parceria em concorrência ao cybertruck da Tesla.
Após altas ocorridas até o final de agosto e um otimismo do mercado quanto a lucratividade da marca, a Tesla passou por sucessivas quedas na bolsa, caindo mais de 28% desde a sua cotação máxima.
Apesar dessa volatilidade, a Tesla passa por avaliações positivas e otimistas ainda para alguns especialistas, que ressaltam principalmente o poderio de avanço tecnológico que possui.
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Mas há também alguns olhares pessimistas, aos quais apontam um possível descompasso entre o avanço dessa tecnologia e a demanda da sociedade em sua realidade. Um desses olhares pessimistas, se encaixa Andrew Parlin, diretor de investimentos da consultoria de investimentos Washington Peak.
Para Andrew, essa relação de preço e venda ser maior que 10 vezes e a desconexão entre o preço das ações e a análise fundamental, faz com que se tenha um ‘flashback’ da situação da bolha corrida no Japão nos anos 80. Sendo assim, sua visão é de uma possível quebra do mercado de forma incrível e desordenada.
Há algumas visões um pouco mais incertas sobre o que se esperar a respeito da oscilação dessas ações, assim como até onde as altas da mesma pode chegar. Essa é a visão de Charlie Munger, sócio de Warren Buffet na Berkshire Hathaway.
Segundo ele, jamais compraria a ação, mas também não a venderia a descoberto. Ele ainda completa dizendo que mesmo que acredite que Elon Musk se superestime, ele não estará errado todo o tempo.