Afeganistão: Corrida por saques dos recursos e bancos sem dinheiro

A notícia que tomou as televisões e portais do mundo todo nesse final de semana foi de que o Talibã havia tomado o poder no Afeganistão. Neste último domingo (15) após o caos, a população correu às pressas aos bancos para sacar dinheiro das suas contas e poder fugir do país.

A agência de notícias Al Jazeera informou que centenas de residentes da capital Cabul fizeram longas filas do lado de fora do banco para tentar sacar os fundos depositados. No entanto, muitos tiveram os seus pedidos negados e foram avisados para voltarem em outro momento.

Sana Safi que é jornalista da BBC, reportou que muitos dos que foram tentar sacar o seu dinheiro no banco neste domingo tiveram o aviso de que o próprio gerente do banco havia abandonado o cargo na instituição.

O Afeganistão é apenas mais uma situação crítica que mostra que como confiar o seu dinheiro em uma instituição financeira central pode ser perigoso. Nesse sentido,  Alex Gladstein, que é um entusiasta em criptomoedas e está inteirado sobre a situação catastrófica que vive a população no Afeganistão neste momento, defende o Bitcoin como uma ferramenta para trazer de volta a liberdade civil.

Segundo ele, isso acaba permitindo que as pessoas tenham o controle de sua vida financeira sem a interferência de Governos e que não passem por situações como esta no país do Oriente Médio.

A caótica situação bancária e a relação com a volta do Talibã

O Talibã está retornando ao poder no Afeganistão após 20 anos, mas mesmo sem o regime no poder o país já estava passando por um colapso econômico. O grupo islâmico comandou o país entre 1996 e 2001 e foi gravemente acusado de violar os direitos humanos.

A instituição bancária que parece estar causando o maior problema dos saques é o Banco Cabul, que concentra a maior parte dos depósitos dos afegãos, lidando com pagamentos de professores, soldados e policiais, entre outras profissões de destaque.

Já não é de hoje que o Banco Cabul se envolve em grandes confusões. Já em 2010, esteve metido em um grande esquema de corrupção, no qual os diretores da instituição na época eram irmãos do Presidente do País e foram acusados de liberar milhares de empréstimos clandestinos, o que ocasionou em uma corrida da população ao banco, assim como agora.

Pelo que se viu nos comentários, tanto por parte da reportagem da BBC como também da Al Jazeera, é que dificilmente um grande grupo de pessoas no Afeganistão tem conhecimento dos benefícios das criptomoedas e tão pouco que tenham em posse.

Em uma situação como essa, criptomoedas poderiam ajudar a barrar as atitudes do Governo de travar as contas bancárias da população. Se no Afeganistão as criptomoedas ainda não despontaram, agora é o momento para começar a se defender com essa tecnologia.

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