Tensão no Afeganistão impacta diretamente na economia mundial?

Os mercados mais influentes do mundo estão temendo que o Afeganistão volte a ser ligado ao terrorismo, criando medo no Oriente Médio e impactando nas economias ao redor do mundo.

Após a retirada das tropas norte-americanas, o grupo islâmico Talibã tomou o poder e retirou o Governo do Afeganistão do país, o que pode causar profundos acontecimentos e tensões na Economia Mundial.

A ligação do Afeganistão com os mercados ainda é relativamente pequena, considerando que o país não possui muitas empresas globais. O maior medo do mercado é que o Afeganistão volte a ser um espaço para o terrorismo, o que poderia criar tensões no Oriente Médio e aumentando a volatilidade dos mercados.

Os analistas estão olhando de perto a tensão que pode ser criada para os Estados Unidos, onde está o centro das negociações no mundo. A avaliação é que após a chegada do Talibã, podem ser expostas falhas das últimas gestões na Casa Branca.

A China foi um dos primeiros países a reconhecer o Talibã como o novo Governo do Afeganistão, o que pode ser uma amostra de como as tensões dentro e fora do campo econômico com a China podem aumentar.

Crise no Afeganistão pode afetar a economia no Brasil?

Diante da crise que foi instaurada no Afeganistão, já começaram a surgir especulações de como a crise pode afetar o Brasil e outros países do ocidente. Mas segundo Leonardo Paz, que é um especialista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), isso não deve ocorrer.

Para Leonardo, o efeito deve ser “pouco visível”, pois o Afeganistão tem uma economia pequena e que não tem relevância internacional em nenhum setor. O pior impacto seria mostrado na integração regional, mas tradicionalmente os projetos para este país do Oriente Médio já tendem a não serem aprovados desde 2001, ano do ataque às Torres Gêmeas.

Outro detalhe destacado pelo Presidente da FGV é que o Brasil quase não tem relações comerciais com o Afeganistão, como de exportações. Por isso, não deve impactar na condução de nossa economia externa.

Refugiados afegãos no Brasil: Poderemos ter?

Outra questão relevante é para quais países os refugiados irão seguir. Assim como aconteceu na Venezuela com a profunda crise econômica nos últimos anos, os cidadãos do Afeganistão devem migrar em grande fluxo para países vizinhos, como Índia e Paquistão.

Podem haver refugiados no Brasil, que serão atendidos pelo Governo Federal, mas não deve acontecer em uma grande proporção. A população afegã é apresenta dificuldades econômicas e sociais mais relevantes que a dos países da América Latina, o que corrobora também para a fuga dos cidadãos.

A tensão no Afeganistão tende a aumentar e mesmo que não afete diretamente o mercado brasileiro, as principais ações do Ibovespa voltaram a registrar queda, como já está acontecendo desde o início da semana. O dólar também opera em alta, começando o dia em R$ 5,30 e já está sendo cotado em R$ 5,34, caminhando para fechar mais uma semana em alta.

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