Risco fiscal e cautela com pandemia afetam bolsas no Brasil e no exterior

Os mercados futuros seguiram-se em sua maioria sobre quedas no cenário brasileiro e também internacional na manhã desta sexta-feira (22). O Ibovespa futuro já abriu em queda, e continua até por volta do horário das 9h45, com 1,27% de baixa.

Nos EUA, o mesmo período tem os contratos com vencimento no mês de março operando em queda em seus principais índices, entre eles, S&P 500, com queda de 0,78%, Nasdaq, que caiu 0,6% e Dow Jones com baixa de 0,81%.

Na Europa, o cenário é de baixa para os futuros na bolsa de valores da Alemanha, com queda do DAX em 0,9%. Além disso, o CAC 40 da França tem seus contratos futuros uma queda de 1,14%.

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No Reino Unido, o FTSE 100 futuro apresenta queda de 1,01%, enquanto no cenário da Itália há uma baixa ainda mais acentuada de aproximadamente 2,08%.

Risco fiscal e vacinas no radar do mercado brasileiro

No Brasil, a fala do candidato à presidência do Senado Rodrigo Pacheco acabou aumentando o receio dos investidores com as questões fiscais no Brasil, afirmando que algumas premissas econômicas devem ser relativizadas quando se trata sobre manutenção do socorro às pessoas menos favorecidas.

Além disso, segue-se em discussão a possibilidade da volta do auxílio emergencial, e com isso, as indagações a respeito do teto de gastos voltam à pauta no congresso e no Senado federal. 

Os problemas de logística e as dificuldades de acelerar o processo de vacinação, fomentam ainda mais o discurso dos parlamentares favoráveis à volta do auxílio emergencial, ao passo que traz uma viés mais negativo em relação a uma retomada rápida para o crescimento econômico.

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Todos esses fatores entraram em conjunto para que o Ibovespa fechasse em baixa de 1,10% no pregão de ontem (21), e no dia de hoje acabasse também sendo influenciado pelas quedas em relação aos índices no exterior.

Avanço da pandemia aumenta a cautela no exterior

No cenário internacional alguns fatores colaboraram para uma maior cautela em relação aos ativos de risco. O aumento de casos de covid-19 na China, que era um país que estava controlando muito bem isso até o momento, acabou ligando o alerta para os investidores.

Com esse fato, os preços de commodities acabaram colaborando para a queda de hoje para o índice de Xangai de 0,4%, embora o índice de blue-chips Shanghai Shenzhen CSI 300, fechou perto da estabilidade, com uma leve alta de 0,09%.

A China é o segundo maior importador de petróleo do mundo, e o receio por queda de demanda fez com que o preço da commodity no mercado futuro caísse 2,64% no Brent e 2,96% no WTI.

No cenário europeu, a cautela também está em torno das falhas tentativas de contenção da pandemia pelo continente, enquanto o número de casos aumenta de forma acelerada. No Reino Unido, que passa pelo terceiro lockdown, as medidas não estão sendo suficientes para conter a alta nos casos de Covid-19.

Além disso, o PMI industrial dos países da Zona do Euro recuou do patamar de 55,2, registrado no mês de dezembro, para 54,7 em janeiro, embora tenha ficado acima das expectativas de uma pesquisa da Reuters que era de 54,5.

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