Jeremy Grantham está alertando desde 2021 para a possibilidade de uma nova crise financeira, visto sem precedentes na economia moderna e que poderá abalar uma grande variedade de mercados, desde os títulos em criptomoedas, ações, títulos e imóveis.
Ainda assim, mesmo acompanhando os principais economistas do mercado financeiro, é sempre muito difícil prever a chegada de uma crise econômica global. São nesses momentos que o investidor deve pensar na possibilidade de garantir um lucro mais baixo do que sofrer com as perdas que serão quase irreversíveis durante um bom tempo.
Índice Nasdaq subiu 21% ao longo do último ano
Em 2021, apesar de todas as incertezas econômicas por parte de diversos governos no mundo, além da ainda forte presença da pandemia do Coronavírus, o Índice Nasdaq subiu 21%, ficando muito acima do Índice Ibovespa que acumulou resultados negativos ao longo do último ano, agravado pelas fortes discussões e incertezas provocadas pelo Governo Federal.
Tivemos um longo período de bull market que começou lá em 2009 e que finalmente está amadurecendo um novo período de bolha. Neste período, tivemos um aumento explosivo dos preços de diversos produtos, além de uma grande emissão de moedas fiduciárias por parte dos Governos em todo o mundo, o que nos mostra que sim está acontecendo uma super valorização extrema dos preços de diversos produtos.
Porém, talvez a bolha não tenha estourado a tal ponto, como previa o investidor. Mas ela pode sim estar se encaminhando para um desfecho muito parecido, conforme foi sugerido em um artigo de pesquisa da The New Yorker.
Um janeiro de muita crise financeira
Entre o fim de janeiro e os últimos fechamentos de pregão na Bolsa de Valores dos Estados Unidos, houve uma queda acentuada no índice da Nasdaq, que chegou a desabar 13%.
Além dos índices do mercado tradicional, as criptomoedas estão registrando um grande tombo ao longo do primeiro mês do ano, como o Bitcoin que já apresenta uma desvalorização de 25% no período. E desde a última máxima histórica do BTC que aconteceu em novembro de 2021, a principal criptomoeda do mercado já caiu 40%.
E se tudo que Grantham falou realmente acontecer, existe uma real chance de correção dos ativos em risco e que poderá marcar o início de algo muito maior, que será muito mais danoso à economia como um todo, sendo que talvez o maior medo poderá ser sentido no mercado de ações.
Mudanças na taxa de juros pelo mundo
Já nesta semana, o Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) realizou a sua primeira reunião anual para discutir sobre a implementação de política monetária e também as expectativas do mercado para a nova taxa de juros da principal economia do planeta.
E para os analistas de Wall Street e entendedores do mercado de criptomoedas, esse período marcado pela crise financeira em 2022 também poderá mudar o dilema de comprar ações sempre na baixa, ignorando totalmente os riscos de novas crises em um período curto de tempo.