A grande crise do setor imobiliário na China não afeta apenas quem está na Ásia, mas todos os países do mundo, muito pelo fato de o país ser a segunda maior economia do mundo. Quem também sofreu um forte impacto foi o Bitcoin que caiu 13% nos últimos dois dias.
O BTC já estava a quase 2 meses flertando com a possibilidade de chegar ao US$ 50 mil, desde o último domingo o mercado começou a ficar espantado com as massivas quedas. A incorporadora China Evergrande também estaria por trás da queda.
A Evergrande é uma das maiores companhias imobiliárias da China, que na terça-feira passada, 14, emitiu um relatório aos seus investidores onde afirmava que estava com problemas de caixa.
Incorporada estaria próxima de dar um calote bilionário
A incorporadora estaria prestes a dar um calote de 300 bilhões de dólares por conta de não estar conseguindo vender os seus ativos. A empresa está listada na Bolsa de Hong Kong, porém já vêm relatando problemas que não são de hoje. O preço de suas ações está registrando queda desde 2017 e nos últimos 14 meses perdeu mais de 90% do seu valor.
Para muitos, a Evergrande é considerada grande demais para chegar à falir. Porém, até o momento, o Governo Chinês não mostrou gestos para ajudá-la a se salvar. Isso vem gerando um clima de tensão em diversos mercados pelo mundo, já que o seu calote pode levar à quebra de diversos bancos.
A China é conhecida por suas cidades fantasmas, que foram construídas como aposta de serem utilizadas no futuro, como uma grande surpresa aos negócios. Alguns vídeos circulam na Internet relatando a bolha imobiliária que a China está vivendo, como a demolição de 15 prédios que aconteceu no último dia 27 de agosto.
Entenda a ligação da Evergrande com o Bitcoin
A ligação entre a Evergrande e a queda do Bitcoin pode representar uma nova forma de alocar o capital, com investidores se preparando para comprar ações em queda, assim como aconteceu no início da pandemia de Covid-19.
O Bitcoin marcou no início desta segunda-feira (20) a marca de US$ 42.453, que foi o menor preço dos últimos 30 dias. Assim como o BTC, bolsas do mundo inteiro, como a Ibovespa, apresentaram quedas.
Altcoins também acompanharam a queda do mercado de criptomoedas
Geralmente quando o Bitcoin entra em queda, as altcoins acompanham esse movimento. Isso também aconteceu com a Ethereum, segundo maior criptomoeda do mercado, que apresentou uma queda de 20% nos últimos dias, com um rendimento menor que o BTC nas últimas semanas.
Assim como os investidores estão buscando comprar ações no mercado institucional com menor preço, o mesmo acaba acontecendo com o Bitcoin em diversas exchanges. Um dos que aproveitaram a queda para adquirir mais bitcoins, foi o Governo de El Salvador, adicionando mais 150 BTCS, que hoje equivale a mais ou menos US$ 5,5 milhões. O país agora está holdando cerca de 700 BTCs no total, se tornando uma baleia do mercado.