O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (29) o lançamento da cédula de R$ 200, que terá como personagem o lobo-guará.
De acordo com a instituição, o lançamento da nova cédula, que passará a ser a de maior valor em circulação, foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deverá entrar em circulação a partir do final de agosto.
Ainda segundo o BC, a previsão é que sejam impressas 450 milhões de cédulas de R$ 200,00 em 2020.
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Qual o objetivo do Banco Central com isso?
Não é novidade que o Real vem perdendo seu poder de compra nas últimas décadas. A inflação brasileira, já destruiu mais de 83% do poder aquisitivo da nota de R$ 100.
Os R$ 100 enchem menos o tanque de gasolina e o carrinho de mercado. Aluguéis, imóveis, custo de vida e preço dos ativos financeiros foram na contramão e também subiram bastante.
Os imóveis tiveram uma rentabilidade média de 1781%. Quem investiu R$ 100 mil cerca de 20 anos atrás está com um patrimônio de R$ 1.781.000. O ouro, prata e ações também tiveram uma valorização consistente no período.
Notas de valores altos trazem à lembrança os altos dígitos de inflação que o Brasil presenciou na era do Cruzeiro e Cruzado com Sarney e Collor.
Nosso IPCA, índice de inflação, apesar de estar sob controle, não mostra a completa realidade do poder aquisitivo do Real em diferentes setores. Além disso, muitos dos preços medidos no IPCA foram atingidos pela recessão econômica, que resultou em muitos estabelecimentos fechados.
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Então, quando a economia voltar ao seu amplo funcionamento, a tendência é que o IPCA volte a subir, o que vai refletir em uma maior inflação.
Por hora, os objetivos do Banco Central com uma nova de Real não foram expostos, mas já liga o alerta que todos os brasileiros têm na memória: notas com números altos que não valem nada no final das contas.