Banco Central determina o maior aumento da Selic em 18 anos

O Banco Central decidiu elevar a taxa Selic novamente, seguindo uma decisão que já era aguardada pela maioria dos especialistas. A pressão que o país vem tendo por conta da alta inflação é um dos motivos que fez com que o BC tivesse de aumentar a taxa básica de juros no país para 5,25%.

A reunião foi programada e aconteceu com os membros do Comitê de Política Monetária (COPOM) que decidiu nesta quarta-feira (4) elevar a Selic em um ponto percentual. Essa foi a maior alta da taxa de juros cumulativa desde 2003.

Consumo mais caro elevou a pressão do Banco Central

A escalada dos preços dos alimentos, combustível e energia elétrica fez com que os economistas do mercado financeiro projetassem uma inflação que fechou o ano em 6,71%. Esse valor ficaria bem acima da previsão que o BC estimou para terminar a taxa de juros, a Selic.

Um dos fatores que fez com que os preços dos alimentos aumentem no Brasil é o preço final das commodities, que quando sobem no exterior acabam impactando no Brasil. Mais recentemente tivemos os casos de geada no país, que acabaram afetando a produção de alimentos essenciais, e por conta disso o seu preço final.

Pensando neste cenário, só resta que o BC continue aumentando Selic (taxa de juros) para que a inflação não dispare. O ano de 2021 já é considerado como perdido, pois não será possível terminar com uma inflação menor que 6%.

Copom emitiu nota afirmando que a Selic precisa acompanhar a inflação

Em comunicado após a sua decisão, o Copom ressaltou que elevar a Selic em 1 ponto percentual “reflete o cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que o usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação”.

O Copom aposta em uma estratégia para o momento que possa conter esse momento mais tempestivo e onde o ajuste da política monetária é mais apropriado para conseguir reduzir os índices de inflação. Essas decisões também buscarão aumentar o fomento do emprego no país.

A expectativa de analistas do mercado financeiro é que o Banco Central terá de tomar mais decisões sobre a Selic até o final do ano, o que significa que provavelmente teremos novos aumentos da taxa de juros. Para a próxima reunião, o Copom também já sinaliza que deve fazer uma nova elevação da taxa de juros, podendo desta vez passar para 6% ou mais ao ano, em níveis que consiga equilibrar a balança.

Na reunião desta quarta-feira (4), estiveram presentes o Presidente do BC Roberto Oliveira Campos Neto, Carolinas de Assis Barros, Fabio Kanczuk, Fernanda Magalhães Rumenos Galhardo, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

Outro fator que é preponderante para um aumento ou não da taxa básica Selic é a cotação do dólar em comparação ao real nos últimos 5 dias antes de uma reunião para fixar o novo cálculo dos juros anuais.

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