Após 4,5 anos, Brasil pode voltar a ter uma taxa básica Selic acima de 10%

O Copom está se reunindo durante a terça-feira e quarta-feira desta semana para definir a nova taxa Selic e que poderá passar de 9,25%, com uma grande expectativa que ela fique firmada no valor de 10,75%.

Caso isso de fato aconteça, será a primeira vez desde o ano de 2017 que a taxa básica da economia brasileira vai passar da faixa de dois dígitos. Toda reunião do Copom busca definir qual será a taxa básica de juros e debater como essa decisão vai impactar ao longo dos meses na economia brasileira.

A expectativa da maior parte dos economistas financeiros, que foi entrevistada pela equipe do Banco Central, teve os comentários de pelo menos 100 instituições financeiras que atuam no país, onde para a maioria dessas empresas do setor financeiro a expectativa é que a Selic de fato fique acima dos 10%, mesmo com as recentes quedas do dólar em comparativo com o real.

Ciclo do aumento da Selic já soma quase 1 ano em sequência

O atual ciclo de juros da Selic já está em período de alta desde março de 2021, período em que a taxa de juros básica começou a subir quando estava ainda em apenas 2%. Desde aquele momento já tivemos sete altas seguidas, com a taxa de juros já atingindo o maior patamar dos últimos quatro anos.

Por conta do recente aumento da taxa básica da economia, os juros bancários acumularam o maior período de alta dos últimos seis anos e dessa maneira chegaram a um patamar de 33,9% ao ano. Cerca de 350% ao ano, o juro rotativo do cartão de crédito já chegou ao maior patamar desde agosto de 2017.

Mercado financeiro espera que a taxa de juros só volte a descer em 2023

O mercado financeiro está na expectativa por altas da taxa de juros durante todo o ano de 2022. A expectativa é para que essa taxa de juros básica suba até os 11,75% ao ano, sendo que somente deverá voltar a cair a partir do ano de 2023, quando o mesmo iria recuar para 11,25% ao ano.

Uma das justificativas do Banco Central do Brasil para os aumentos da taxa Selic, é a tentativa de tentar conter a inflação, que terminou o ano de 2021 em 10,06%, o maior patamar dos últimos seis anos.

BC atua com base em projeções da inflação

A instituição financeira central da economia brasileira atua sempre com base nas metas de inflação. E sempre que a inflação estiver alta, o Banco Central entra em ação para tentar conter a situação.

No último ano, entre os índices que mais puxaram a alta da inflação classificamos na ponta o setor de transportes, que teve uma variação de 21,03%, o que representou o maior percentual do índice IPCA no último ano. Logo em sequência tivemos a habitação com um aumento de 13,05%, também ficando acima do índice anual da inflação.

 

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