Na última quinta-feira, 5 de agosto, a blockchain da Ethereum sofreu uma atualização que deve mudar os rumos da criptomoeda e da própria indústria cripto. A atualização, batizada de London, traz a Proposta de Melhoria do Ethereum 1559 (EIP-1559), trazendo algumas novidades para blockchain.
Além disso, espera-se que a atualização London seja o ponto de partida para a vinda definitiva da Ethereum 2.0, prevista para o primeiro trimestre de 2022. A Ethereum 2.0 pode vir a ser referência quando se trata em eficiência energética.
Neste ano, as questões sobre o alto uso energético na mineração de criptomoedas foi um assunto que implicou na queda do valor de quase todo o mercado de criptomoedas.
Com isso, neste artigo explicaremos um pouco do que é a atualização London e do que se trata a Ethereum 2.0. A blockchain que rege os smart contracts em diversas frentes de negócios tecnológicas está se tornando cada vez mais eficiente. Sendo assim, acompanhe conosco o futuro das finanças!
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A importância da rede Ethereum
Devido a sua rede descentralizadas, a rede Ethereum permite a desenvolvedores criarem e implementarem aplicativos descentralizados. A ideia é mudar a relação entre empresas e públicas, visto que, hoje, a mediação entre esses dois lados resultam na cobrança altas taxas.
A rede Ethereum, com a utilização dos chamados smart contracts, retiram a necessidade de um mediador, aumentando a velocidade e reduzindo drasticamente os custos.
Sendo assim, a rede fornece um ambiente descentralizado, capaz de fornecer eficiência e confiabilidade para seus usuários. Permite também a criação de aplicativos descentralizados, como serviços financeiros, jogos, contratos inteligentes, etc.
Ethereum 2.0
A Etherum 2.0 é a nova versão que vem sendo desenvolvida para melhorar o uso da sua blockchain. É uma nova rede blockchain, que terá um novo criptoativo. Contudo, após sua criação, a rede atual será movida para a nova.
A ideia é trazer maior escabilidade e facilidade de desenvolvimento. Embora não seja a primeira atualização da blockchain, esta vai catapultar a Ethereum para um balão em termos de total-value-locked (TVL).
Nesse sentido, as principais mudanças na blockchain estão relacionadas a mudança do seu algoritmo de consenso, a remodelação da estrutura da rede e política monetária.
Porém, a atualização não acontecerá do dia para noite, como já foi percebido, mas sim em fases. A fase 0 foi lançada em 2020, conhecida como Beacon Chain. Esta atualização estava relacionada com a implementação do Proof-of-Stake (PoS) rodando junto ao Proof-of-Work (PoW).
Contudo, a atualização mais recente, a London, introduziu maior estabilidade às taxas de gás na blockchain Ethereum. Além disso, apresentou um modelo deflacionário para a política monetário do protocolo.
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Do proof-of-work para o proof-of-stake
Atualmente, os hashs de Ethereum são minerados utilizando o mecanismo de consenso Proof-of-Work. Nesse mecanismo, é necessário ter um forte aparato computacional, onde o primeiro minerador a decodificar o hash, é premiado. Isso vem causando diversas críticas, devido à quantidade de energia gasta para a mineração.
Sendo assim, na atualização para a Ethereum 2.0 já está previsto a mudança deste mecanismo de consenso para o Proof-of-Stake. Neste mecanismo de consenso, para que os mineradores passem a disputar pelo hash, é necessário que tenha 32 ETH. Além disso, também precisa de um aparato técnico capaz de ajudar a rede.
Mudança na estrutura da rede Ethereum
A implantação do que é chamado de Sharding, permitirá dividir a rede em 64 novas cadeias, maximizando a sua escabilidade. Segundo desenvolvedores, um dos benefícios dessa implementação é a possibilidade de qualquer usuário executar um nó da rede.
Com isso, o processamento das transações será mais simples, fornecendo a possibilidade de máquinas mais modestas operarem nós.
Com isso, essa implementação ajudará também a descentralização da rede. Nesse sentido, pode significar uma expansão dos projetos de Defi, bem como desenvolvimento de modelos de negócio que utilizam a tecnologia Ethereum.
Política Monetária
Por outro lado, a política monetária também sofrerá uma mudança drástica, isso irá acontecer pelo corte na inflação equivalente. Isso deve acontecer a partir do momento que a atual rede seja ligada a Ethereum 2.0. Com isso, haverá forte redução no número de moedas emitidas anualmente, que são utilizadas para recompensar os mineradores.
Nesse sentido, espera-se uma queda dos atuais 4,5% para aproximadamente 0,4%. Isto significa um avanço para a rede, visto que não possui, atualmente, uma política monetária bem planejada.
Impacto da atualização London na Ethereum
No dia da atualização London, o Ether, criptomoeda da blockchain Ethereum, avançou 6%, tornando a competição no mercado de criptomoeda cada vez mais quente. Além disso, após a atualização, a rede já queimou cerca de US$100 milhões em ether, devido ao mecanismo de queima de transações implementado.
Nesse sentido, a alteração EIP-1559 focou em simplificar o processo de transação das taxas base, dividindo em duas. A primeira, intitulada de taxa base, é queimada, já a segunda, a taxa de prioridade, serve como uma gorjeta ao minerador. Contudo, a taxa base queimada não pode ser usada mais pela rede, funcionando como um elemento deflacionário.
Sendo assim, a taxa base aumenta quando a demanda estiver alta e diminui na sua baixa. Por outro lado, a taxa de prioridade recompensa o minerador pelo processamento da transação. A atualização também duplicou o bloco de 15 milhões de gas fees para 30 milhões, uma forma de ajudar a rede em épocas de alta demanda.
Conclusão
A atualização da Ethereum é um processo extremamente delicado e arriscado. Mas, com o alto risco, em caso de sucesso, vem o alto retorno, e é isso que esse espera da Ethereum 2.0. Ainda há muito o que progredir para a atualização definitiva e os desenvolvedores da rede são conhecidos por contínuos atrasos em suas entregas.
Com isso, se com a rede atual, os projetos de DeFi, que já são uma novidade tecnológica, se tornarão ainda mais viáveis e impactantes. Além disso, a mudança do mecanismo de consenso da blockchain irá trazer uma resposta aos críticos da indústria de criptomoeda.
O motivo é a drástica redução no consumo energético para realizar a mineração dos hashs de Ethereum utilizando o PoS.
Em síntese, alguns especialistas apontam que, quando chegar o momento da rede atual se unir a Ethereum 2.0, é possível que o Ether tome a posição do Bitcoin como principal criptomoeda. Há ainda muito caminho pela frente, mas certamente é necessário ficar atento a essa movimentação.
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