O Ministério das Finanças do Japão começou a aumentar o número de funcionários públicos com o intuito de desenvolver regras mais rígidas para os ativos digitais e de ter um acesso mais amplo de informações referentes as criptomoedas.
Os esforços no Japão, ao que tudo indica, não irão apenas tratar das negociações com criptomoedas em seu país, mas também com o intuito de desenvolver relatórios mais precisos sobre como andam as negociações com criptomoedas em outros países.
Governo Japonês teme o crescimento do mercado de moedas digitais
Os reguladores japoneses expressaram a sua preocupação por conta do maciço crescimento do mercado de criptomoedas e sobretudo das stablecoins, que aos poucos começam a assumir um papel fundamental em frente ao dólar, yuan e até mesmo para o iene ou euro.
As autoridades japonesas estão dispostas a trabalhar com reguladores financeiros globais para desenvolver regras mais rígidas para as moedas digitais que preservam o anonimato. Tanto os membros do G7 como também do G20 (grupo este que o Brasil também faz parte) estão buscando desenvolver regras mais claras para as stablecoins.
De acordo com o relatório, o Ministério das Finanças do Japão e em acordo com a Agência de Serviços Financeiros do País, parecido a CVM aqui no Brasil, já existe um acordo até para a criação de uma nova unidade para supervisionar a regulamentação de moedas digitais.
Notícia chega em um momento onde as criptomoedas já estão sendo debate de regulação
A notícia chega em um momento onde as criptomoedas estão cada vez mais envolvidas em um debate para como regulamentar estes ativos que estão sendo negociados em nível global. Muitas autoridades já estão fazendo menção à como regulamentar as stablecoins, moedas que são pareadas no valor das moedas fiduciárias.
Até mesmo no Brasil já se discute a possibilidade do Banco Central de desenvolver a sua própria CBDC, que por aqui seria chamada de Real digital. O próprio Campos Neto já comentou que uma equipe está trabalhando para em breve termos uma nova moeda estatal totalmente digital no país.
Nos Estados Unidos o debate sobre as stablecoins também está se intensificando, assim como no Japão. Para o Governo Norte-americano, a criação de uma CBDC poderia eliminar a necessidade de se aumentar as restrições para o Bitcoin como outras criptomoedas.
Por um breve período, Japão se tornou o terceiro país do mundo em câmbio de criptomoedas
Ao que tudo indica, o Japão já está no pódio mundial em relação ao câmbio do Bitcoin, até mesmo na frente dos Estados Unidos, nação ainda mais rica que a do território asiático e com um grande volume de negociações. Este pode ser um dos motivos para que as autoridades japonesas tenham fechado ainda mais o cerco em relação ao Bitcoin.
Um dos motivos pelo qual o Japão atrai tantos investidores em criptomoedas, é o seu alto volume de negociações e também pelo seu sistema de taxa zero. Apesar da taxa zero de negociação, os sistemas de câmbio de Bitcoin no Japão são legítimos, assim como afirmado pela exchange BitFlyer.