Em uma semana onde o Banco Central se prepara para elevar a taxa de juros em pelo menos 0,75% acima do patamar atual, os comentários também chegaram por parte do Mercado financeiro, que teme uma inflação alta para 2022, na casa dos 5% e com mais altas na Selic por vir.
As reuniões para definir a taxa de juros básica são feitas pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), onde é praticamente certo que a taxa básica da Selic irá aumentar 0.75%, passando para 3,50% ao ano. E os aumentos não devem parar por aí; pois em junho a nova reunião do órgão deve realizar um novo aumento, para 4,25%.
Estes dados já constam no Relatório Focus, que foi divulgado na manhã desta última segunda-feira (3) pelo Banco Central. Desde então, um paralelo foi feito por parte dos economistas, sendo que os mais pessimistas preveem uma inflação que pode chegar até 5,50% em 2021, o que seria bem mais parecido com a cotação atual do dólar (R $5,44).
O que poderia estar provocando o aumento da inflação no país?
O cenário de alta dos juros ocorre por conta do aumento da inflação dos preços ao consumidor, sendo que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a registrar 6,12% de alta da inflação nos últimos 12 meses.
O relatório mais recente do Focus elevou as projeções de inflação para este ano, no patamar de 5,04%. Para 2022, o Focus espera diminuir as projeções de inflação, considerando o fim da pandemia de COVID-19 e o avanço da vacinação.
O que esperar de positivo da economia brasileiro daqui para frente em?
Quanto ao desempenho da economia brasileira, as apostas marcam um crescimento de 3,14% das atividades em 2021, acima da expansão que foi divulgada anteriormente, em 3,09%. Para 2022, as projeções também são de alta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), com projeção de crescimento entre 2,31% a 2,34%.
Em relação ao câmbio ao dólar, as expectativas continuam as mesmas, com a moeda americana sendo negociada entre R$ 5,30 a 5,40. Podem haver quedas momentâneas ou altas, mas nada aponta que o dólar vá para abaixo de R$ 5 outra vez.
Quais são os produtos que mais custam para o consumidor?
No momento que se fala de juros altos ou da inflação, além de uma queda ou subida da Selic, o consumidor logo fica atento à cesta básica e quanto irá ficar os produtos mais importantes para garantir a alimentação durante o mês.
Confira aqui uma pequena lista dos produtos que mais aumentaram na cesta básica, em especial os alimentos:
- Legumes: Batata e tomate, respectivamente com altas de 67,27% e 52,76% comparando o ano anterior;
- Óleo de soja: Crescimento de 103% em relação ao ano anterior;
- Arroz: Crescimento de 76,1% em relação ao ano anterior;
No estado mais populoso e desenvolvido economicamente do país, São Paulo, a cesta básica está em uma média de R$ 631,46. Porém, mesmo aqui onde o salário médio é maior que o restante do país, a inflação alta é notada e modifica os planos do mês.