O desemprego no Brasil atingiu um novo recorde, desta vez pelo número total de pessoas sem ocupação no país. A taxa de desemprego registrada até janeiro foi de 14,2%, representando a maior taxa para um trimestre encerrado neste mês. Essa informação foi divulgada nesta última quarta-feira (31) pelo IBGE.
Além disso, alcançou-se a marca recorde de 14,3 milhões de desempregados. Há aproximadamente 1 ano, havia 11,9 milhões de pessoas sem ocupação. O número atual acabou ultrapassando o maior valor atingido em março de 2017, quando foi de 14,1 milhões de pessoas.
As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No trimestre com início em outubro e término em dezembro, haviam 13,9% de desempregados, equivalente a 13,9 milhões de brasileiros.
Foram 3 quedas em sequência a partir do mês de setembro na taxa de desemprego, considerando os dados trimestrais. Apesar disso, neste novo trimestre encerrado em janeiro, essa queda acabou sendo interrompida e a taxa de desemprego aumentou 0,3 ponto percentual.
Na ocasião do mês de setembro, a Pnad havia registrado a marca de 14,6% de desempregados no Brasil. No período de 1 ano, 2,4 milhões de novos desempregados foram contabilizados no Brasil.
Esse aumento de 2,4 milhões corresponde a 19,8% de crescimento em cerca de 12 meses. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera como desempregado quem procurou trabalho nos últimos 30 dias antes da pesquisa.
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A ocupação no Brasil, subutilizados e renda média
O aumento do número de ocupados no Brasil foi de 2%, de aproximadamente 1,7 milhão de pessoas, atingindo aproximadamente 86 milhões de brasileiros com ocupação. Em 1 ano, considerando esse mês de janeiro em que se referem às informações, a ocupação no Brasil diminuiu cerca de 8,6%, que é equivalente a 8,6 milhões de pessoas atuando no mercado além do que já se tinha.
A pesquisa aponta que 48,7% dos que têm idade para trabalhar tinham uma ocupação até janeiro de 2021. Os trabalhadores subutilizados, que se referem à categoria de desempregados, os que trabalham menos de 40 horas semanais e desalentados resultaram na soma de 32,4 milhões de brasileiros.
A taxa de trabalhadores subutilizados chegou a 29% no trimestre encerrado em janeiro. Esse número era de 23,2% há cerca de 1 ano. Além disso, outro ponto a se considerar, é que aproximadamente 5,9 milhões desistiram de procurar uma oportunidade de trabalho.
A taxa de informalidade é de 39,7% do total, que conta com as pessoas que não têm carteira assinada. No trimestre que se encerra em janeiro de 2020, há cerca de 1 ano, essa taxa era de 40,7%.
A renda média dos trabalhadores alcançada foi de R$2.521, valor que se manteve estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, mas representou uma queda de 2,9% em relação ao trimestre terminado em outubro.