Coronavac pode ser atualizada para novas variantes em até 2 meses, diz China

Um especialista do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, através Global Times, divulgou no dia de ontem (26) a informação de que a Coronavac deve receber estudos que possam atualizá-la em até 2 meses em relação às novas variantes do vírus da Covid-19.

Apesar do otimismo em relação à chegada da vacina Coronavac no Brasil em meio ao aumento do número de casos e mortes por Covid-19 no cenário nacional, ainda ocorre o receio de como se sucede a sua eficácia em relação às novas variantes encontradas no Reino Unido e também na África do Sul.

Os especialistas e também os investidores estão atentos para as atualizações a respeito das informações que se tem a respeito destas novas variantes, uma vez que os resultados obtidos para a Coronavac anteriormente ainda não foram analisadas do ponto de vista dessas novas cepas de maneira mais detalhada.

Veja também: Datafolha: 69% dos que receberam auxílio emergencial não conseguiram outra renda

A fala a respeito da Coronavac vem após declarações da Moderna inc. de que faria novos testes em relação a sua própria vacina para a variante encontrada na África do Sul, uma vez que trouxe a possibilidade de que a resposta imunizante poderia ter sido diminuída frente a essa variante.

Dessa forma, Shao Yiming, que é um cientista chinês, disse ao Global Times durante uma entrevista que se caso fosse realmente necessário fazer uma atualização da vacina que aqui no Brasil é conhecida por Coronavac, esta seria realizada em apenas 2 meses.

A declaração acaba surgindo para amenizar o fato de que segundo o Global Times, através de estudos realizados em laboratórios chineses, a variante parece a princípio reduzir a capacidade imunizante do vírus, já que as vacinas foram desenvolvidas pensando na cepa inicial do mesmo que havia surgido em Wuhan, ainda em 2019.

A vacina Coronavac contém o vírus inativado, que por sua vez, não tem a capacidade de se reproduzir em células humanas. As vacinas Pfizer e Moderna são baseadas na tecnologia de RNA mensageiro. Sendo assim, segundo Shao Yiming, a Coronavac pode demorar um pouco mais para ser redesenhada do que essas outras duas, caso precise ser atualizada, embora o prazo para isso não deve ultrapassar os 2 meses.

Quando teremos uma vacinação em massa?

A Coronavac já faz parte do plano de vacinação nacional projetado para o Brasil, e já tem distribuído diversas doses nos estados. Segundo um estudo publicado pelo The Economist Intelligence Unit nesta quarta-feira (27), o Brasil deve realizar sua vacinação em massa até 2022.

Nos países mais desenvolvidos do mundo a estimativa para o estudo é de que isso ocorra ainda em 2021. Já em países que estão nas regiões da África e na Ásia, se tem expectativa de que a vacinação dure até o ano de 2023.

Veja também: Altas dívidas dos países marcam o cenário pós-pandemia

Em Israel, país mais avançado em relação a imunização de sua população através de vacinas no momento, já vê grandes resultados em relação ao uso da vacina. Os dados preliminares do sistema de saúde de Israel estimaram em cerca de 0,01% a parcela de pessoas que após receberem as doses da vacina tiveram novamente a doença.

Mesmo assim, os raros casos de reinfecção após uso da vacina foram de casos leves, mostrando que a resposta dos imunizantes da vacina da Pfizer até o momento tem sido bastante favoráveis para combater a doença no país.

Total
22
Shares
[activecampaign form=5]
Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Related Posts