Nos dados do terceiro trimestre de 2021, a taxa de desemprego no país caiu para 12,6%, recuando em 20 das 27 unidades da federação, quando comparado ao segundo trimestre do ano, onde os dados divulgados pelo IBGE haviam apontado um índice de desemprego histórico.
As maiores taxas ficaram para Pernambuco (19,3%), Bahia (18,7%), Amapá (17,5%), Alagoas (17,1%) e Sergipe (17%). As menores taxas de desemprego foram registradas em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,6%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rondônia (7,8%) e Paraná (8,0%).
Taxas de desocupação caem por regiões
A taxa de desocupação da região Sudeste passou de 14,6% para 13,1%. Já no Nordeste, essa taxa caiu de 18,3% para 16,4%. O menor índice de desemprego foi registrado na região Sul, de 7,5%. As regiões Norte e Centro-Oeste registraram 12% e 9,8% respectivamente.
Um outro dado preocupante é que o desemprego atinge em especial as mulheres e pessoas pretas. A taxa de desemprego para os homens é de 10,1%, sendo que para as mulheres sobe para 15,9%, parecido ao percentual para pessoas pretas, que ficou em 15,8%.
Já a população que se encontra fora da força de trabalho, os pardos representavam 46,8%, seguido pelos brancos (43,1%) e pretos (8,9%). No comparativo com o segundo trimestre do ano, a participação dos pardos diminuiu, enquanto a dos brancos e pretos aumentou.
Mesmo com a queda do desemprego, cenário ainda é negativo
Apesar do último trimestre ter marcado uma queda do desemprego, o rendimento real dos brasileiros seguiu encolhendo e dessa forma aumentou o número de trabalhadores informais, sem direitos garantidos pela CLT, como férias e décimo terceiro salário. Por conta do desemprego ainda estar alto, também aumentou o número de trabalhadores por conta própria.
O estado do Maranhão, com 17,6% registrou o maior número de desalentados, que é o número de pessoas que desistiu de procurar emprego, onde Rio Grande do Sul com 1,4%, Mato Grosso com 1,2% e Santa Catarina com 0,7% registraram os menores índices.
Os maiores percentuais de trabalhadores empregados com carteira assinada estão em Santa Catarina (89,2%), Rio Grande do Sul (82,9%), São Paulo (81,8%) e Paraná (80,9%). Os menores índices foram registrados no Pará (52%) e Maranhão (49,6%).
Informalidade em alta
O Amapá, com 38,2%, é o estado do país com o maior número de pessoas trabalhando por conta própria. O Distrito Federal ficou na última posição deste índice, com 21,5% da população que está trabalhando por seus próprios recursos.
E com o aumento do desemprego nos últimos anos, segue crescendo a taxa de informalidade em diversos estados do país. A maior taxa de informalidade foi registrada no Pará, com 62,2%, seguido de Amazonas (59,6%), Maranhão (59,3%) e Santa Catarina foi quem registrou o menor índice de informalidade, com 26,6% da sua população.