Rede do Bitcoin pode se tornar a internet do futuro?

Em uma entrevista realizada para o podcast NegNews da revista Época Negócios, o Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, afirmou que existem grandes indícios de que a rede do Bitcoin (BTC) pode se tornar a internet do futuro.

Apesar de já existir uma grande atenção por parte do mercado sobre outras criptomoedas, ao ser questionado sobre isso, Rabelo disse que o Bitcoin é prioridade, pelo que sua rede já representa ao mundo de criptoativos. “Quando você compra Bitcoin, você está investindo nessa rede, que pode se tornar a internet do futuro”, afirmou.

Outro ponto enfatizado por Rebelo é o uso cada vez maior das criptomoedas para negociações internacionais relacionando ao fato de que as criptomoedas estão sendo mais aceitas na sociedade, pois a barreira do preconceito já vem sendo quebrada.

“O que a gente observa com muito otimismo é o uso do Bitcoin no mercado de negociações globais, como uma moeda de pagamento de operações entre países, que acaba sendo uma alternativa a outros sistemas”, afirmou o CEO.

Alta de criptomoedas chama atenção de investidores

Dados que comprovam a colocação de Rabelo, são que no fim do mês passado, o mercado de criptomoedas voltou a operar em alta no Brasil, superando novamente outros ativos, com o Bitcoin sendo o protagonista dos investimentos. No último dia de julho, a alta da criptomoeda voltou a chamar atenção, com o preço alcançando um valor superior a US$ 42 mil em várias corretoras espalhadas pelo mundo.

Os prováveis fatores que levaram a alta neste mês, foram principalmente o possível ingresso da Amazon no setor, e a compra de BTC pela SpaceX, anunciada pelo CEO Elon Musk. Além disso, também foi notório o aumento nos saques de corretoras, métrica que costuma indicar se o mercado desistiu ou não de negociar as moedas.

Outro dado que demonstra a tamanha valorização do Bitcoin, foi que em relação ao Dólar, a alta foi de 23,6% na primeira semana de agosto, sendo a maior dentre as dez principais criptomoedas. Vale ressaltar que a nova alta do BTC no mercado ainda elevou a confiança neste ativo, que acabou recebendo uma dominância de 48% no último mês.

Mineração de Bitcoin extinta na China

Um fator que também mexeu muito com o valor do Bitcoin, foi que em maio deste ano, o governo chinês decretou a proibição de mineração em seu território, o que obrigou diversas fazendas de mineração de Bitcoin começarem a se retirar do país. A situação acabou sendo ruim para alguns investidores mais inexperientes no mercado, levando o preço do BTC a desvalorizar nos últimos 3 meses.

Os principais motivos que levaram a decisão tomada pelo governo chinês, segundo o que aponta o próprio governo, foram que a mineração era feita com uso de carvão na grande maioria das vezes, o que acaba poluindo o meio ambiente, em grande parte do ano. O uso de energia hidrelétrica também era comum por parte das empresas.

Além dos motivos ambientais, existia o desejo do Banco Popular da China de se afastar da volatilidade das moedas digitais. Com isso, países como Canadá e os Estados Unidos acabaram sendo opções, com energias à disposição dessas empresas.

Um exemplo disso, é a parceria recém formada entre a petrolífera Black Rock e a empresa chinesa Optimum Mining Host (OMH), que presume a instalação de pelo menos um milhão de plataformas de mineração de Bitcoin no Canadá, nos próximos 24 meses. A produção de criptomoedas será feita em locais de produção de gás natural, em Alberta.

O fato é que o setor petrolífero se mostra interessado nessa atividade, após as operações de mineração sendo forçadas a deixar a China por causa das restrições do país. Pode ser levado em conta também, como um sinal de como as empresas querem lucrar com a incerteza do futuro do Bitcoin.

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