Nesta segunda-feira (26), a Tesla, empresa pertencente a Elon Musk, apresentou um valor recorde em sua última receita trimestral. Este ocorrido aconteceu após a empresa ter vendido mais de 200 mil carros entre os meses de abril e junho. A empresa anunciou receitas de US$ 11,96 bilhões no segundo trimestre. Segundo dados da Refinitv, os analistas esperavam receitas de US$ 11,3 no período.
Mesmo com o atual período de pandemia, e a grande escassez de semicondutores, a Tesla conseguiu superar estes obstáculos e alcançar pela primeira vez um lucro líquido de mais de US$ 1 bilhão. Por conseguinte, as ações da montadora no after market subiram 1,3%.
Além disso, Musk informou que no segundo trimestre a empresa já havia batido o recorde de 201 mil carros elétricos. Já no trimestre anterior, o resultado foi 8% maior que o trimestre anterior, valor esse que já era recorde para a companhia.
A venda de carros elétricos, foi o principal motor para gerar a receita da Tesla no último trimestre. O faturamento com a divisão de veículos chegou a US$ 10,21 bilhões. Já com o negócio de energia solar para casas e empresas, além de armazenamento para serviços públicos subiu 60% em relação ao último trimestre e alcançou US$ 801 milhões.
Relação da Tesla com o Bitcoin
Todavia, alguns investidores expressaram grande preocupação com o aumento das perdas da empresa em relação ao Bitcoin. Segundo o último balanço realizado pela empresa, ficou aparente um prejuízo de US$ 23 milhões com a criptomoeda. Em 8 de fevereiro deste ano, a companhia de Elon Musk anunciou um investimento de US$ 1,5 bilhão na criptomoeda.
Durante a duração do segundo trimestre, os preços do bitcoin foram de US$ 59 mil para US$ 33 mil, o que representa uma queda de mais de 40%. Em outro momento, o lucro por ação foi de US$ 1,45, acima das expectativas dos analistas, que estimavam que chegaria a US$ 0,98. Todavia, no segundo trimestre do ano passado, o lucro por ação da Tesla foi de US$ 0,44.
Segundo a empresa, seus objetivos para esse ano é de “alcançar uma média de crescimento anual de 50% na entrega de veículos. Em alguns anos, cresceremos mais, o que esperamos para 2021″, informou a empresa de Musk.
Escassez de componentes
Dada a falta de semicondutores no mercado, além da Tesla, grandes empresas como General Motors, Ford entre outras, também foram forçadas a reduzir grande parte de sua produção. “Com a demanda mundial de veículos em nível recorde, o fornecimento de componentes continuará tendo forte influência na taxa de crescimento de entregas para o restante do ano”, informou a Tesla.
Segundo a empresa, as fábricas na Alemanha e no estado do Texas, estão progredindo muito, e que as mesmas estão prestes a produzir os veículos Model Y até o fim do ano. Além disso, segundo a empresa, a produção na China “continua forte”, apesar de uma cadeia de abastecimento “menor”. Por fim, a Tesla informou que as ações subiram 1,4% nas operações eletrônicas posteriores ao fechamento de Wall Street.