O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) que é obtido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou um avanço de 1,6 ponto de junho para julho. Com isso, o indicador atingiu a marca dos 89,2 pontos. Esse número se mostrou uma marca bastante positiva, uma vez que é o maior nível atingido desde fevereiro de 2020, período este onde a pandemia de COVID-19 ainda não havia chegado ao Brasil.
Para realizar o cálculo do indicador, são utilizados os números e dados obtidos com base em entrevistas, além de conversas com empresários da indústria e serviços, onde perguntas são feitas para entender quais são as tendências do mercado de trabalho.
Aumento do emprego se deve ao maior número de vacinados
O resultado positivo sugere uma melhora nos números da pandemia, além da redução das medidas restritivas que podem estar impulsionando uma retomada no mercado. Também existe uma expectativa bastante favorável no setor de serviços, que é um dos que mais emprega no país, principalmente as empresas de pequeno porte por terem uma mão de obra mais barata.
Ainda existe um espaço considerável para a produção e que leve a recuperação econômica a níveis pré-pandemia (fevereiro de 2020). No entanto, isso ainda é um desafio para o mercado de trabalho, como foi ressaltado pelo economista da FGV, Rodolpho Tobler.
O Governo Federal está avaliando medidas para aumentar o número de empregos, porém alguns setores acabam pecando pela falta de incentivo. O foco é aprimorar o processo de procura de mão de obra e também capacitar os profissionais para que eles possam atender a demanda que as empresas necessitam, de forma a serem contratados pela sua eficácia e não apenas por currículo.
Outra novidade do Governo foi a criação do Ministério da Mulher e da Família, voltado para ampliar a inserção de mulheres em estado de vulnerabilidade social no mercado de trabalho. Com o Ministro Paulo Guedes, da Pasta da Economia, está sendo debatido um novo repasse para o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego).
Governo pensa em transformar o BEm em projeto permanente
Um projeto está sendo debatido pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a permanência do programa de benefício assistencial ao emprego, o BEm. Para Guedes, o programa pode servir como um “seguro-emprego”, onde o Governo entra pagando parte do salário aos funcionários para que eles não fossem demitidos durante a pandemia.
O BEm é apontado como um dos programas criados pelo Ministério da Economia de maior eficácia, importante para garantir o sustento de famílias durante a crise do Coronavírus. A medida foi reeditada em abril, porém existe a possibilidade de que o programa se torne permanente, parecido com o que hoje é o Seguro Desemprego.
O atual cenário de recuperação de emprego, além da expectativa pelo avanço da vacinação e as novas iniciativas que foram projetadas pelo Ministério, podem fazer com que o programa não seja prorrogado. O que se precisa é esperar o avanço da vacinação, para que então se tenha a chance de novos resultados sobre o balanço de emprego no país.