Desde que tivemos o primeiro ETF de criptomoedas que foi aprovado pela CVM do Brasil, inclusive muito antes dos ETFs de Bitcoin negociados na Bolsa de Valores dos Estados Unidos, os investimentos em criptomoedas que são focados em fundos não param de evoluir no Brasil, com novos produtos que são ofertados aos investidores.
Os ETFs de Bitcoin e criptomoedas viraram uma opção para os investidores da B3 a partir de abril deste ano, com várias vantagens, como possuir menor taxas do que outros fundos, além de uma exposição 100% em criptoativos. É possível fazer um investimento mínimo barato, comprando 100 cotas por apenas R$ 10 cada, além de poder comprar as cotas por várias corretoras autorizadas.
Quanto maior o dinheiro em patrimônio, melhor a exposição em criptomoedas
As chances de ter bons resultados com os fundos de criptomoedas é maior quando o investidor está no grupo qualificado, onde ele pode aportar um maior volume. Para os profissionais que possuem ao menos R$ 10 milhões de patrimônios, a média de chances de bons rendimentos chega a 40%.
Essa indústria há apenas três anos atrás era considerada iniciante, dando os seus primeiros passos no final de 2018, quando a Comissão de Valores Mobiliários permitiu que os brasileiros pudessem investir em fundos de criptomoedas.
No mês de agosto deste ano, o número de investidores posicionados em fundos de criptomoedas na B3 chegou a 159 mil. Somente naquele mês, eles negociaram R$ 1,6 bilhão em ETFs de criptomoedas, sendo que esses fundos alcançaram um patrimônio líquido de R$ 2,48 bilhões, de acordo com os dados publicados pelo Valor.
Fundos nacionais focados 100% em criptomoedas
Três fundos nacionais foram lançados em agosto e todos já estão focados 100% em criptomoedas. O BITH11 tem total exposição ao Bitcoin, tendo registrado R$ 63,3 milhões negociados no último mês.
O segundo é o ETHE11, que é lastreado na Ether, somando R$ 88,7 milhões negociados em agosto, impulsionado pelas notícias de que o Ethereum poderá ter resultados positivos superiores ao BTC até o final do ano e que chegue aos R$ 40 mil.
Por fim, também temos o QETH11, também lastreado em Ether, que movimentou R$ 174,9 milhões no último mês. Apenas para critérios de comparação, os fundos de criptomoedas disponíveis no Brasil já chegaram a R$ 4 milhões e 371 cotistas. A base de cotistas dos fundos também vêm aumentando ao longo dos meses.
Moedas digitais já são regulamentadas no Brasil
Ainda que muitas pessoas não tenham conhecimento, as moedas digitais já são regulamentadas no Brasil e um dos primeiros ativos a receberem regulamentações foram justamente os fundos de investimento em criptomoedas.
Antes de pegar gosto, o mercado brasileiro tinha em setembro de 2020, apenas nove tipos de fundos de investimento existiam no país. A Hashdex é quem está fazendo a maior parte da gestão de ETFs de exposição em criptomoedas que estão atualmente na B3, já tendo se consolidado como a maior gestora de criptomoedas da América Latina.