O executivo de alto escalão do Banco Central Fabio Araujo revelou recentemente que nem o dólar como também o real possui algum de tipo de lastro. Essa é uma das críticas que frequentemente são feitas ao Bitcoin como também de outras criptomoedas.
Desde o fim do lastro de moedas nacionais no ouro, as moedas fiduciárias passaram a ter o seu valor atrelado a fatores macroeconômicos e que englobam desde a situação política nacional até confrontos internacionais nos quais o país pode nem mesmo estar participando.
Executivo do BC afirma que não existe lastro para o real
Fabio Araujo é economista e também um dos responsáveis pelo projeto do real digital, que tem expectativas de ser lançado em 2022, aproveitando o sucesso que o PIX teve e continua tendo no país.
Não apenas o Brasil está pensando em desenvolver a sua moeda digital, mas também outras nações ao redor do mundo. A China está desenvolvendo o yuan digital, Rússia também está discutindo o tema e o Parlamento Europeu está em conversas adiantadas para promover o euro digital.
Fábio Carneiro, que também é um executivo do Banco Central, declarou em 2020 que a ideia de lastro é uma bobeira: “Em uma última análise, aquele pedaço de papel é um token que só tem valor porque as pessoas acreditam no Banco Central. Ele não tem lastro algum”, disse Fábio na época.
Detalhes da moeda digital do Banco Central
Araujo destacou recentemente que o Banco Central não pretende estabelecer o real digital como uma moeda de pagamentos, pois de acordo com a avaliação do regulador, isso já está sendo utilizado por outros sistemas do BC e é difícil pensar em algo que hoje substitui o PIX.
O real digital pretende ser o elo de conexões entre as inovações que hoje estamos sendo apresentados pelo universo das criptomoedas, como finanças descentralizadas (DeFi) e os contratos inteligentes. Porém, o plano principal do real digital é implementar a criptografia dentro de um sistema regulado, onde todas as transações dos indivíduos seriam controladas.
As expectativas do Banco Central para este final do ano estão voltadas ao desenvolvimento do Open Banking e após o seu lançamento na última sexta-feira (13), as expectativas se voltam para saber como o sistema irá ser visto pelo público e empresas. O objetivo é criar um sistema mais integrado, condizente com a realidade financeira de cada cliente.
Araujo quer que mais brasileiros conheçam as criptomoedas
Araujo acrescentou que pretende trazer os benefícios dos criptoativos para dentro do Banco Central e depois com o objetivo de implementar melhores serviços para a população, através do que há de mais moderno no mundo financeiro atualmente.
“Estes pontos fundamentais do ambiente cripto nós pretendemos trazer para dentro do nosso perímetro para fazer uma coisa massificada para dar acesso a mais pessoas”. Vários serviços do Governo Federal também já estão sendo disponibilizados 100% online, tanto para desktop como também app. Assim, o projeto do real digital poderá realmente cair no gosto do povo brasileiro.