Com a recuperação da economia, ainda que tenha sido de forma parcial, o Governo Federal obteve um aumento recorde na arrecadação federal e garantiu também um grande crescimento pela geração de impostos sobre lucros.
Os dados foram divulgados nesta última terça-feira (25) pela Receita Federal, onde o Governo Federal repassou as informações e confirmou que houve uma arrecadação total de R$ 1,879 trilhões, o que mostrou um crescimento de 17,36% em relação ao mesmo período em 2020, já descontando o Índice de Preços ao Consumidor, IPCA.
O resultado ficou um pouco acima do que era esperado pelos especialistas, além de uma pesquisa que contou com uma série de participantes e foi comandada pelo Ministério da Economia, com a soma de quase R$ 2 trilhões que foram arrecadados com a contribuição de diversos segmentos financeiros pelo Brasil.
Arrecadação Federal terminou o mês de dezembro à todo vapor
Após passar por um breve período de desaceleração no mês de novembro, a arrecadação federal terminou o último mês de 2021 a todo vapor, tendo somado no último mês o montante total de R$ 193,902 bilhões.
Esse montante também foi influenciado por um grande crescimento econômico e também aumentou por conta da arrecadação recorde do IOF, que está em vigor desde o mês de outubro.
Outro impulso para uma maior arrecadação federal no último ano foi o recolhimento acima do esperado por parte das pessoas jurídicas, no Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica, além da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. As empresas tiveram de pagar impostos maiores nos últimos anos, passando por diversos reajustes.
Receita Federal comemora o aumento da arrecadação
Para o novo secretário da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, o resultado do último ano precisa ser comemorado, até por que o mesmo entende que a economia ainda está em efeitos de pandemia e ele também já afirmou que as prévias dos dados do início deste ano também indicam uma retomada das atividades econômicas.
Ele receitou que houve um aumento progressivo sobre os tributos e lucros, além de uma perspectiva positiva do rendimento das empresas também para 2022. E um outro fator que levou para essa maior arrecadação de tributos ao longo do último ano, é que precisamos entender que ainda estamos em meio a uma pandemia.
Casos de renúncias
Mesmo com o crescimento mais do que positivo das receitas, os descontos em impostos que foram até maiores no passado, acabaram crescendo em 2021, o que também foi visto como fator positivo pelo Ministério da Economia, pois o fisco acabou deixando de arrecadar R$ 216,31 bilhões no último ano.
Houve uma redução na alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e também no Cofins, o que acabou reduzindo a arrecadação federal no último ano, com uma perda de até R$ 2,13 bilhões no ano. Já em desonerações, a conta do Governo Federal acabou resultando em uma renúncia fiscal total de R$ 93,75 bilhões em 2021.