Aos poucos os Bancos Centrais estão começando a aceitar a concorrência do Bitcoin e pensando em outras alternativas para concorrer com a criptomoeda, ao invés de manter a tecnologia ultrapassada das moedas fiduciárias. As moedas digitais a princípio vão manter as mesmas tendências do que acontece hoje através dos Bancos Centrais, com impressão infinita.
São pelo menos 80 bancos digitais no mundo atualmente que pensam e já alguns destes estão criando as suas moedas digitais, de acordo com que foi revelado até mesmo pelo Presidente do Banco Central Europeu.
Justificativa da criação das moedas digitais é em benefício aos consumidores
O Banco Central Europeu afirmou que é um dever da instituição pensar em um Euro Digital no benefício aos seus consumidores. “Pode ser usado como notas de dinheiro, mas não acho que seja como notas, porque não terá o grau de anonimato que as notas têm”. Um dos intuitos do BCE é fazer um euro digital que seja praticamente intocável a fraudes.
Os consumidores já foram perguntados, especialmente na Europa e querem que as suas “privacidades sejam protegidas” porém o anonimato que é algo tão importante para quem investe em criptomoedas, não deve acontecer em pelo menos boa parte das CDBCs.
China foi o primeiro país a estudar sobre criptomoedas governamentais
Os estudos sobre as moedas digitais já começaram há um bom tempo, mais precisamente em 2014 na China. A Suécia já fez alguns eventos online, onde membros discutiram sobre a e-krona, e-dólar e e-euro.
Uma das preocupações criadas é com os bancos comerciais, como que eles possam perder o seu papel de guardiões de depósitos caso os Bancos Centrais abrissem os depósitos a todos, com o projeto refletindo o atual cenário onde Bancos Centrais emitem as moedas para bancos centrais e demais instituições financeiras.
Apps de Bancos podem facilitar o acesso a moedas digitais estatais
Agora o público geral já pode acessar a moeda digital por meio de um aplicativo, como do seu banco favorito ou de uma fintech. É provável que as moedas digitais permaneçam dentro do sistema bancário e alguns bancos até planejam experimentar suas próprias carteiras, assim como acontece nas criptomoedas.
Para que aconteçam benefícios públicos adicionais, os programadores em particular vão precisar demonstrar ser capazes de criar contratos inteligentes na blockchain, criando finanças automatizadas e criação de NFTs. Isso significa que a criação da blockchain será feita para trabalhar publicamente, ao mesmo molde do que acontece com o BTC.
Será possível uma competição entre o bitcoin e moedas digitais fiduciárias?
Se isso será possível, ainda não temos como afirmar, porém é justamente isso que os Governos irão ter de se acostumar, pois agora existe uma concorrência clara das moedas fiduciárias e que competia por sinal, com moedas deflacionadas.
Já foram liberadas imagens do yuan digital, que tem tudo para ser a primeira das moedas digitais a ser lançada no mundo e inclusive com a proposta de utilizar a mesma blockchain da rede Ethereum. O BC do Brasil também discute a criação de sua própria CDBC.