Saiu uma notícia falando que a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou o Coronavírus como Pandemia. Agora os países vão ter que concentrar mais esforços na detecção e em conter a COVID-19. O número de casos vem subindo e já somam mais de 120 mil pessoas contaminadas no mundo todo.
O Coronavírus já está impactando a economia de diversos países, principalmente Itália e China, principais focos da COVID-19. A Itália e a China possuem, respectivamente, a 8ª e a 2ª maiores economias do mundo, o que impacta profundamente no crescimento global.
Como resposta ao Coronavírus, os bancos centrais de todo mundo passaram a cortar juros para incentivar a economia. Recentemente o FED fez um corte emergencial. Hoje, o Bank of England seguiu o mesmo caminho. A tendência é que as taxas de juros no mundo inteiro passem a cair para incentivar a economia com crédito mais barato.
No entanto, o mercado parece ter entendido a gravidade do caso e não está comprando os cortes de juros. Apesar de ter se recuperado na terça-feira, o Ibovespa voltou a cair hoje (quarta-feira, 11/03), chegando a uma queda de 6,43%. O dólar voltou a subir, batendo R$ 4,70.
Mercados ativam modo-pânico
Apesar da trégua na terça-feira, os mercados voltaram a cair e o índice de Medo e Ganância sinaliza “Extremo Medo”. Os investidores parecem não estar confiantes em uma recuperação de curto prazo, pois o Coronavírus pode gerar um efeito cascata em outras áreas da economia, como foi com a guerra nos preços do Petróleo entre Rússia e Arábia Saudita.
Expectativas de crescimento do Brasil são reduzidas
O Ministério da Economia informou que a estimativa oficial para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 foi revisada de 2,4% para 2,1%. A projeção consta no Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica nesta quarta-feira (11).
“Os impactos esperados [do coronavírus] sobre a economia brasileira situam-se dentro de um intervalo de -0,1 ponto percentual a -0,5 ponto percentual no crescimento de 2020, com um valor próximo a 0,3 ponto percentual como sendo o cenário mais provável”, informou o ministério no boletim.
Outra notícia relevante é a menor inflação para fevereiro, a menor para o mês desde os anos 2000. Isso abre espaço para novos cortes na taxa de juros, já que a inflação está controlada. No entanto, isso reduz ainda mais a atratividade do Brasil para investidores estrangeiros.
Risco de recessão aumenta
O risco de recessão subiu para 53%, segundo o indicador da Bloomberg. Este já é o maior valor desde o início da Grande Recessão de 2008. Uma contração econômica nos Estados Unidos impacta todas as economias e o mercado de ações.
Com isso, os Bancos Centrais estão tentando atrasá-la ao máximo. A questão é: até quando conseguirão fazer isso por meio de corte de juros? Quando essa munição acabar, para o quê vão recorrer?